Logistica

Nova rota marítima com China impulsiona exportações de frutas brasileiras

A fruticultura brasileira ganhou um novo impulso com a inauguração da rota marítima direta entre o Porto de Gaolan, na China, e os portos de Santana (AP) e Salvador (BA). A cerimônia de lançamento da nova conexão logística ocorreu nesta segunda-feira (14/04), em Brasília, com presença de autoridades brasileiras e chinesas, além de representantes do …

A fruticultura brasileira ganhou um novo impulso com a inauguração da rota marítima direta entre o Porto de Gaolan, na China, e os portos de Santana (AP) e Salvador (BA). A cerimônia de lançamento da nova conexão logística ocorreu nesta segunda-feira (14/04), em Brasília, com presença de autoridades brasileiras e chinesas, além de representantes do setor produtivo. A Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) esteve representada por seu presidente, Guilherme Coelho, que destacou o impacto positivo da nova rota para os exportadores.

Reprodução/Freepik

Guilherme Coelho afirmou que o setor de frutas, especialmente os produtores de uva e melão, vê na nova ligação um caminho promissor para alcançar o mercado asiático com mais competitividade. Segundo ele, a redução no tempo e no custo de transporte pode colocar o Brasil em posição de destaque na exportação de frutas frescas para a China. A rota deve diminuir em até 30 dias o tempo de viagem e reduzir os custos logísticos em mais de 30%, viabilizando envios mais rápidos e seguros.

A abertura da nova conexão é resultado do fortalecimento das relações diplomáticas entre os dois países. Durante visita oficial do presidente Xi Jinping ao Brasil, no fim de 2024, foi oficializada a abertura do mercado chinês para a uva brasileira. Segundo o embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao, a nova rota faz parte dos compromissos firmados e simboliza um avanço estratégico diante do cenário atual do comércio global.

O Brasil já exporta para mercados exigentes como Estados Unidos e Europa, e agora, com a entrada da China no radar, o setor vislumbra um crescimento ainda mais acelerado. Somente em 2024, o país exportou cerca de 59 mil toneladas de uva, gerando mais de US$ 150 milhões. Com clima e tecnologia favoráveis, especialmente nos polos do Vale do São Francisco, a expectativa é ampliar ainda mais essa participação com a nova ligação marítima.