As exportações do agronegócio mineiro alcançaram o maior resultado da série histórica no primeiro trimestre de 2025, iniciada em 1997. O setor movimentou US$ 4,5 bilhões e representou 45,3% de toda a pauta exportadora do estado, superando inclusive a mineração. Apesar da redução de 14,2% no volume embarcado, o aumento de 47% no preço médio das commodities impulsionou a receita. O destaque do trimestre foi a alta nas exportações de ovos, que cresceram 266% em valor e 153% em volume.

A demanda internacional por ovos foi impulsionada pelo surto de influenza aviária nos Estados Unidos, que abriu espaço para a produção mineira. O produto somou US$ 4 milhões em receita e chegou a novos mercados, como Chile e o próprio EUA. O café segue como o principal produto exportado pelo estado, com US$ 2,9 bilhões em receita, representando 64% do faturamento do agro. Houve aumento de 77% no valor e 3% no volume em comparação ao mesmo período de 2024.
As carnes também apresentaram recuperação. As proteínas bovina, suína e de frango totalizaram US$ 385,4 milhões, com destaque para a carne bovina, cujas vendas para os Estados Unidos aumentaram 148%. Por outro lado, o complexo sucroalcooleiro e o setor de soja enfrentaram retração, devido à queda nos preços internacionais. Já os produtos florestais, como celulose e madeira, registraram queda de 15%, impactados por problemas logísticos e desaceleração da demanda global.
Para o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Thales Fernandes, o bom desempenho é reflexo do status sanitário dos produtos e dos preços competitivos. Ele também destacou que o ovo tem se consolidado como fonte de proteína acessível no cenário global de alta de alimentos. Segundo Fernandes, o cenário internacional favorece as exportações brasileiras, especialmente com as tensões comerciais entre China e Estados Unidos.