A safra de soja do Brasil em 2025 foi estimada na ultima quinta-feira (11/04) em um volume recorde de 169,6 milhões de toneladas, segundo atualização mensal da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove). Apesar do recorde, a projeção teve leve redução de 0,8% em relação à previsão de março. Em comparação com 2024, o crescimento estimado é de cerca de 10%, reflexo da recuperação produtiva após problemas climáticos registrados em estados como Mato Grosso.
A China, principal compradora da soja brasileira, ampliou sua participação nas exportações neste início de ano, impulsionada pelo contexto de guerra comercial com os Estados Unidos. Com isso, a Abiove elevou em 2,3% a previsão de exportação da oleaginosa em 2025, para um recorde de 108,5 milhões de toneladas também cerca de 10% acima do volume exportado em 2024.
O processamento doméstico da soja também deve bater recorde, alcançando 57,5 milhões de toneladas neste ano, o que representa crescimento de 3% em relação ao ano anterior.
Por outro lado, diante da forte demanda interna e externa, a entidade reduziu a estimativa dos estoques finais para 2025 em 40,6%, passando de 9,1 milhões para 5,4 milhões de toneladas. Ainda assim, o volume representa alta de 30,4% na comparação com os estoques de 2024.
A receita com exportações do complexo soja (grãos, farelo e óleo) foi estimada em US$ 52,78 bilhões, acima da previsão de março (US$ 51,57 bilhões), mas abaixo dos US$ 53,9 bilhões registrados em 2024.
O Brasil segue como maior exportador mundial de soja em grão, produto que figura entre os principais itens da balança comercial brasileira.
