No mês de novembro de 2022 foram registrados acumulados de chuva significativos que ultrapassaram a média do mês, principalmente nos estados do MATOPIBA, região que abrange os estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, grande parte das regiões Norte e Sudeste, além de áreas de Mato Grosso e Goiás, com volumes que ultrapassaram 200 mm, sendo causados, principalmente, pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS).
Na Região Nordeste, os maiores volumes de chuva se concentraram, principalmente, em áreas do MATOPIBA e sul da Bahia, com volumes de chuva superiores a 250 mm, chegando a 471 mm em Barreiras (BA), 457 mm em Caravelas (BA) e 455 mm em Carolina (MA), o que contribuiu para a elevação dos níveis de água no solo e favoreceu a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos de verão.
Região Nordeste
A previsão indica chuvas próximas e ligeiramente acima da média no centronorte do Maranhão, Piauí, Ceará, sertão da Paraíba e extremo sul da Bahia. Assim como na Região Norte, estas chuvas poderão ser consequência ainda dos impactos da La Niña, além do padrão de águas ligeiramente mais aquecidas próximo à costa 8.
Já nos estados da Bahia, Sergipe, Alagoas e leste de Pernambuco a previsão é de chuvas ligeiramente abaixo da média. Quanto a temperatura do ar, deve ser ligeiramente acima da média histórica no Maranhão, Piauí e no noroeste da Bahia. Nas demais áreas, as temperaturas devem ser próximas da climatologia nos próximos meses.
Os grandes acumulados de chuva observados no mês de novembro, principalmente em áreas do MATOPIBA e sul da Bahia, foram importantes para a elevação dos níveis de água no solo e para o plantio dos cultivos de verão. No entanto, a previsão de chuvas dentro ou abaixo da média no MATOPIBA, principalmente em janeiro de 2023 e chuvas irregulares em fevereiro, poderão impactar negativamente o armazenamento de água no solo, chegando a valores menores que 50% em áreas do Piauí e leste do Maranhão, o que poderá restringir as lavouras que se encontrarem em estágios fenológicos mais sensíveis.
Nas demais áreas, há previsão de baixos níveis de água no solo em todos os meses, com valores menores que 40%.