
A Tanzânia abriu seu mercado para 14 produtos agropecuários brasileiros, conforme anunciado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua. O Brasil agora está autorizado a exportar bovinos vivos para reprodução; embriões bovinos (in vivo e in vitro); carne e seus derivados de aves; carne, miúdos e seus produtos de bovinos, ovinos, caprinos e suínos; produtos termicamente processados de bovinos, ovinos, caprinos, suínos e aves; ovos férteis; e pintos de um dia.
“Alcançamos 185 aberturas de mercado para produtos do agronegócio neste ano e 485 desde 2023”, informou Rua a jornalistas durante o COP30 Farmers’ Summit, evento realizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pela Organização Mundial dos Agricultores (WFO) em Brasília.
Luis Rua considera a Tanzânia um mercado com grande potencial para as exportações do agronegócio brasileiro, especialmente devido à sua população de aproximadamente 67 milhões de habitantes.
“Participaremos em janeiro de uma feira multissetorial da agricultura na Tanzânia para apresentar essas aberturas, articular com as entidades locais e conhecer melhor a realidade do país. É um mercado novo para o Brasil, mas certamente um dos principais no continente africano”, avaliou Rua.
A expansão comercial com a Tanzânia faz parte da estratégia do governo brasileiro de fortalecer a cooperação técnica e comercial com países da União Africana. “É fruto, inclusive, do diálogo Brasil África que realizamos em maio, e agora colhemos uma série de aberturas. Vamos acelerar esse processo”, acrescentou Rua.
Durante o evento, Rua ressaltou que o Brasil exporta alimentos com foco em sustentabilidade, complementaridade e qualidade para seus parceiros internacionais. “O Brasil é referência em bioinsumos e plantio direto, e queremos difundir ainda mais essas práticas que temos empregado ao longo dos anos. A COP30 é uma excelente oportunidade para isso”, observou.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) comemorou, em nota oficial, o anúncio feito pelo secretário do Mapa. Segundo o presidente da entidade, Ricardo Santin, a conquista representa um avanço na presença brasileira em um continente estratégico. “A Tanzânia oferece uma nova oportunidade para a proteína animal brasileira. É um mercado de grande potencial, com uma população em rápido crescimento e uma alta dependência de importações”, destacou Santin em seu comunicado.
Fonte: Canal Rural.








