
O desempenho da agropecuária voltou a influenciar o resultado da economia brasileira em 2025. Segundo dados divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (4), o PIB acumulado até o terceiro trimestre registrou crescimento de 2,4% em relação ao mesmo período de 2024. A principal contribuição veio do campo: a agropecuária avançou 11,6%, enquanto a Indústria cresceu 1,7% e os Serviços tiveram alta de 1,8%.
No recorte trimestral, o PIB variou 0,1% frente ao segundo trimestre, já considerando ajuste sazonal. A agropecuária cresceu 0,4%, a Indústria avançou 0,8% e os Serviços tiveram variação de 0,1%.
Na comparação com o terceiro trimestre de 2024, o PIB aumentou 1,8%. O Valor Adicionado a preços básicos subiu 1,9%, e os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios avançaram 1,4%.
A agropecuária registrou crescimento de 10,1% frente ao terceiro trimestre do ano anterior. Dados do LSPA, do IBGE, apontam expansão na produção e produtividade de culturas como milho (23,5%), laranja (13,5%), algodão (10,6%) e trigo (4,5%). Já a cana-de-açúcar teve queda de 1,0%.
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, avaliou que os números refletem avanços nas políticas voltadas ao setor. “O desempenho do agro mostra a força do produtor brasileiro, que segue inovando e ampliando a produção com sustentabilidade. Esse crescimento é resultado direto do acesso ao crédito e da abertura de mercados, que garantem mais competitividade ao nosso país”, afirmou.
Considerando os quatro trimestres encerrados em setembro, o PIB cresceu 2,7%. No mesmo período, o Valor Adicionado subiu 2,7% e os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios aumentaram 2,9%. A agropecuária cresceu 9,6%, a Indústria 1,8% e os Serviços 2,2%.
Para Claudia Dionísio, analista das Contas Trimestrais do IBGE, o desempenho do setor primário gerou impactos em outras áreas da economia. Segundo ela, “o grande escoamento de produção de commodities, decorrente do bom desempenho da Extrativa Mineral e da Agropecuária, contribuiu positivamente para a atividade de Transporte, armazenagem e correio”.
Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária.









