
Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o país encerrou o ano com avanços em diversas áreas estratégicas, refletindo uma trajetória de recuperação e fortalecimento econômico e social.
De acordo com o ministro Geraldo Alckmin, a última reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental (Conselhão) neste ano foi marcada por balanços positivos. Ele destacou que, mesmo em um cenário desafiador, o Brasil avançou em setores essenciais, como saúde, educação, segurança pública, meio ambiente e energia.
Na área da saúde, o ministério informa que o país saiu de uma fase de negacionismo que resultou em mais de 700 mil mortes pela Covid-19, para uma postura de fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Recentemente, o Ministério da Saúde anunciou o lançamento de duas novas vacinas: uma contra a dengue, que protege contra os quatro vírus em dose única, e outra contra a bronquiolite, voltada para gestantes e recém-nascidos. Segundo o MDIC, o Brasil mantém seu programa vacinal como referência mundial, reforçando a importância do SUS na promoção da saúde pública.
Na educação, o avanço foi destacado pelo ministro Camilo Santana. Segundo o ministério, o país saiu de propostas como o homeschooling, considerado por especialistas como uma prática racista, para ampliar o acesso a creches, escolas de tempo integral, programas de incentivo ao Ensino Médio e expansão dos institutos federais e universidades. Essas ações representam um esforço de inclusão e democratização do ensino.
Na segurança pública, o MDIC informa que a Polícia Federal realizou operações importantes, como a Operação Carbono Oculto, que combateu crimes de sonegação fiscal. Um exemplo citado foi a recuperação de R$ 26 bilhões sonegados por um grupo criminoso, valor superior ao orçamento de muitos estados brasileiros destinados a educação, saúde e segurança. Além disso, tramita no Congresso a Lei Antifacção, que visa fortalecer o combate às notícias falsas.
O ministério também destaca avanços no meio ambiente, com a redução do desmatamento na Amazônia, que atingiu o menor índice registrado, e a implementação do Fundo de Investimento para as Florestas (TFFF). Segundo o MDIC, o Brasil mantém sua posição como líder em energia limpa, com 53% da matriz energética composta por fontes renováveis, superando a meta global de 40% até 2050. O uso de bioenergia, como biodiesel de óleo de soja, mamona e dendê, tem contribuído para reduzir a dependência de combustíveis fósseis importados.
Na matriz de combustíveis, o Brasil aumentou a mistura de etanol na gasolina de 27% para 30%, consolidando a posição de destaque no setor de biocombustíveis. Além disso, 85% da frota de veículos do país é flex, e o programa Carro Sustentável vem crescendo, com vendas superiores a 20% em relação ao ano anterior. Segundo o MDIC, esses veículos, produzidos no Brasil, atendem a critérios de emissão de CO2 e reciclabilidade, com incentivos fiscais e apoio de montadoras.
O setor industrial também apresentou sinais de recuperação, com a retomada de fábricas de automóveis e investimentos em inovação. Segundo o ministério, a linha de crédito do programa Mover, com juros de 4% e condições de juros negativos, tem impulsionado a indústria sustentável e exportadora. Além disso, o Brasil continua a ampliar sua participação no comércio internacional, mesmo diante de tarifas elevadas, registrando crescimento de 9,1% nas exportações em outubro, e prevendo recordes anuais na corrente de comércio.
O avanço nos acordos comerciais também foi destacado. Segundo o MDIC, o Mercosul firmou acordos com Singapura, EFTA (Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein) e, em dezembro, com a União Europeia. Além disso, negociações com os Emirados Árabes continuam em andamento. Quanto às tarifas de exportação, o governo conseguiu reduzir de 36% para 22% em alguns setores, com esforços contínuos para ampliar esse avanço.
O ministério reforça ainda o apoio às pequenas empresas por meio de programas como o Acredita Exportação e o Plano Brasil Soberano, além de ações específicas para recuperar mercados perdidos, especialmente para exportações aos Estados Unidos, onde a redução de tarifas tem permitido maior competitividade. Segundo dados do MDIC, atualmente, 51% das exportações brasileiras para os EUA possuem tarifas próximas de zero ou 10%, comparado a 36% há alguns anos.
Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.








