O setor agrícola está se rendendo à tecnologia e investindo em soluções criadas por startups, conhecidas como agtechs ou agritechs. Nos últimos três anos, os investimentos nessas empresas aumentaram significativamente, apesar de um cenário de juros altos e crédito escasso na economia.
Dados da empresa de pesquisas Distrito mostram que até 2019, nenhum ano havia registrado mais de US$ 20 milhões em investimentos em agtechs. No entanto, a partir da pandemia, o mercado cresceu substancialmente, superando US$ 70 milhões por dois anos consecutivos e alcançando US$ 273 milhões em 2022, com 74 investimentos realizados.
Embora 2023 possa apresentar menos investimentos em comparação com 2022 devido à aversão ao risco dos investidores, a expectativa é que o setor permaneça robusto. Até o final de setembro deste ano, já foram realizados 18 negócios, movimentando US$ 47 milhões.
A diversidade de inovações nas startups impulsionam a modernização do setor com tecnologia de ponta é notável, abrangendo áreas como produção, gestão de fazendas, tecnologias biológicas e soluções financeiras para o setor agrícola. A digitalização do agronegócio é vista como essencial para atender às demandas de sustentabilidade, especialmente no contexto ESG (ambiental, social e de governança).
O crescimento das agtechs reflete uma necessidade global de aumentar a produtividade agrícola de forma sustentável, sem expandir a área de cultivo, para atender à crescente população mundial. A FAO estima que a produção global de alimentos precisa crescer 60% até 2050 para suprir a demanda da população estimada de 9 bilhões de pessoas até então.
Fonte: noticias do vale