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Chuva traz ervas daninhas de volta: estratégias para proteger sua lavoura e evitar prejuízos

Chuvas trazem plantas daninhas de volta, mas controle estratégico otimiza custos e eficácia. Esperar o momento certo de aplicação garante maior resultado com menor investimento.

Foto: Reprodução/Giro do Boi.
Foto: Reprodução/Giro do Boi.

Com o retorno das chuvas, o rebrote do capim é acompanhado pelo ressurgimento de um elemento indesejável e prejudicial: as plantas daninhas. A ação imediata de controle é crucial para evitar que essas invasoras se alastrem e causem prejuízos no pasto, competindo agressivamente por água, luz e nutrientes.

Segundo o agrônomo Wagner Pires, um erro comum na pecuária é a ansiedade em aplicar o herbicida de imediato, perdendo o momento certo para a máxima eficácia. Uma espera estratégica garante que a dosagem seja menor e o custo, otimizado.

Estratégia de manejo: definindo o momento ideal por tipo de pasto

O momento ideal e a dosagem do herbicida dependem diretamente do histórico de manejo e da condição da área. A aplicação precisa ser estratégica para “matar” a planta daninha no seu auge de absorção, garantindo o máximo retorno do investimento.

Pasto recém-formado (reforma)

Quando o pasto é reformado (gradeado e plantado), as sementes de plantas daninhas que estavam latentes no solo germinam junto com o capim novo.

  • Ação ideal: esperar a planta daninha crescer um pouco, por cerca de 30 a 40 dias após o início das chuvas.
  • Vantagem: o custo será baixo, com dosagem pequena de herbicida. O pasto agradece e “vai explodir rapidamente na formação”, garantindo um crescimento limpo. Nesses casos, a aplicação é obrigatória se houver histórico de infestação na área.

Pasto antigo (sem reforma)

Se a área já tinha um histórico de infestação no ano passado, o controle exige mais paciência para o herbicida funcionar em massa.

  • Ação ideal: o pecuarista deve dar um tempo para as plantas daninhas se desenvolverem, ganhando corpo e massa foliar.
  • Vantagem: o objetivo é que, ao aplicar o produto, ele consiga eliminar todas as invasoras de uma só vez, matando o maior número possível e esgotando o banco de sementes.

Suporte técnico e otimização de custos

Em ambos os cenários, Pires recomenda que o pecuarista leve um técnico à fazenda para dar o suporte necessário. O profissional será capaz de identificar a espécie de planta daninha presente, determinar a dosagem certa e indicar o produto mais eficiente.

O controle deve ser feito prioritariamente lá pelos 30 a 40 dias após o início das chuvas. Ficar atento ao momento certo de aplicar o produto é a chave para o sucesso, pois isso garante que o pecuarista gaste pouco e resolva o problema da infestação de forma eficaz, protegendo a produtividade do pasto.


Fonte: Canal Rural.