Agricultura

Brasil Deve Liderar Exportações Globais de Farelo de Soja na Temporada 2022/23

Projeções indicam que o Brasil alcançará patamar inédito de exportações de farelo de soja, ocupando a posição de principal fornecedor mundial deste subproduto. O crescimento das exportações brasileiras é influenciado pela dinâmica do mercado argentino e pela demanda interna do país vizinho.

Colheita da soja. Foto: Reprodução/Senar.

O Brasil está prestes a se firmar como o maior fornecedor global de farelo de soja durante a temporada 2022/23. Segundo o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado em 12 de julho, o país está estimado a exportar um recorde de 21,5 milhões de toneladas de farelo de soja no período entre outubro de 2022 e setembro de 2023.

Esse crescimento notável nas exportações de farelo de soja brasileiro está intimamente relacionado a diversos fatores, dentre eles, a redução do processamento de soja na Argentina. O país vizinho projeta processar apenas cerca de 30 milhões de toneladas, o menor volume das últimas 18 temporadas. Essa diminuição na capacidade de processamento argentino abre espaço para que o Brasil ocupe um papel de destaque como fornecedor global de farelo de soja.

Além disso, a previsão de uma demanda interna recorde na Argentina também contribui para a trajetória ascendente das exportações brasileiras. O consumo doméstico de farelo de soja no país vizinho é estimado em 3,35 milhões de toneladas, o que impulsiona a necessidade de importações desse subproduto. Nesse contexto, o Brasil se posiciona de forma estratégica para atender essa demanda crescente e consolidar sua posição no mercado global.

As projeções apontam para uma transformação significativa no cenário das exportações de farelo de soja, com o Brasil como protagonista desse movimento. A capacidade de adaptação às dinâmicas regionais e às necessidades dos mercados vizinhos é um fator chave para que o país alcance essa posição cobiçada, destacando a importância da análise contínua das tendências e demandas globais no setor agrícola.


Fonte: cepea