Pesquisadores da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e da Bioenergia Orgânicos desenvolveram um sistema orgânico de produção de lima-ácida Tahiti, também conhecida como limão-taiti, na região da Chapada Diamantina, na Bahia. Esse sistema orgânico registrou uma produtividade de 30 toneladas por hectare (t/ha) no sexto ano, superando a média nacional do modo convencional, que é de cerca de 26 t/ha.
O sistema foi projetado levando em consideração dois princípios fundamentais: a região ser livre das principais pragas e doenças da cultura e a utilização de variedades ou espécies mais resistentes a essas ameaças fitossanitárias.
A lima-ácida Tahiti é uma cultura sensível ao clima e requer condições específicas para um bom desenvolvimento. Variações de temperatura muito baixas ou muito altas podem afetar negativamente seu crescimento e produção.
Os experimentos para desenvolver esse sistema começaram em julho de 2014 e continuaram até 2021, envolvendo 1.175 plantas com irrigação por gotejamento.
O objetivo desse sistema é alcançar um desempenho competitivo em relação aos pomares convencionais, mas baseado em um sistema orgânico, mais sustentável e amigável ao meio ambiente e aos trabalhadores rurais.
O sistema de produção inclui informações técnicas sobre cultivares, produção de mudas, manejo do solo, implantação do pomar, tratos culturais, manejo da irrigação, controle de doenças, nematoides e pragas, além de colheita, beneficiamento, embalagem e mercado.
Este trabalho faz parte do projeto “Desenvolvimento de sistemas orgânicos de produção para fruteiras de clima tropical”, uma parceria entre a Embrapa e a Bioenergia Orgânicos, que já desenvolveu sistemas orgânicos de produção para outras frutas tropicais, como abacaxi, maracujá e manga.
Fonte: Embrapa