A colheita do arroz no Rio Grande do Sul chegou a 87% da área plantada, segundo o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar divulgado nesta quinta-feira (25/04). O avanço foi impulsionado por uma sequência de dias secos na primeira quinzena de abril, apesar da neblina e da nebulosidade terem dificultado os trabalhos em algumas regiões no início do mês.

De acordo com a Emater, as condições climáticas melhoraram a partir do dia 17, o que acelerou as atividades no campo. Ainda assim, o excesso de chuva entre o final de março e o início de abril havia interrompido temporariamente a colheita, o que resultou em grãos prontos que voltaram a absorver umidade, comprometendo a qualidade.
Com a volta do tempo seco, os níveis de umidade dos grãos caíram para menos de 18%, ideal para a colheita sem grandes danos mecânicos. No entanto, a grande oscilação térmica registrada nas últimas semanas com máximas acima de 30 °C e mínimas abaixo de 10 °C tem aumentado os casos de quebra durante o beneficiamento, o que impacta a classificação e o valor comercial do produto.
Na Fronteira Oeste, Uruguaiana e Itaqui já colheram 90% e 91% das lavouras, respectivamente. Em São Gabriel e Bagé, o índice é de 80%, com destaque para boa produtividade, mas há preocupação com a queda na proporção de grãos inteiros. Já em Pelotas, municípios como Pedras Altas e Tavares superaram 95% de colheita, com média de rendimento em 8.900 kg/ha.
Na região de Santa Maria, Cachoeira do Sul alcançou 90% da área colhida. Em Santa Rosa, produtores utilizam o rebrote para pastejo bovino e avaliam a implantação de pastagens de inverno. Em Soledade, a colheita também atingiu 87%, embora o estresse térmico tenha causado grãos chochos em alguns pontos.
O preço da saca de 50 kg do arroz se manteve estável na semana, cotado a R$ 76,08.