O planeta enfrenta desafios crescentes como as mudanças climáticas e a pressão para produzir alimentos, fibras e energia com menor impacto ambiental. Neste cenário, o solo saudável é essencial para garantir a produtividade e proteger os recursos naturais. O solo vai muito além de um suporte físico para plantas ele é um organismo vivo e complexo, vital para os ecossistemas e para a sobrevivência humana.

De acordo com a FAO, um terço dos solos do mundo está degradado devido ao uso inadequado. Entre os principais problemas estão erosão, compactação, salinização e contaminação. No Brasil, a erosão hídrica é o maior desafio. A chuva sobre solos desprotegidos causa perda de partículas, nutrientes e matéria orgânica. Isso reduz a fertilidade e aumenta os custos para os produtores. “Quando o solo perde sua cobertura, ele também perde sua capacidade de produzir com qualidade e de sustentar a vida”, afirma um pesquisador da área.
A degradação do solo compromete o equilíbrio climático, reduz a infiltração da água e eleva a emissão de gases do efeito estufa. Solos férteis armazenam carbono, favorecem a biodiversidade e ajudam a regular a temperatura e a umidade. Por isso, o manejo correto do solo também é estratégico no combate às mudanças climáticas, como aponta o Acordo de Paris.
Celebrado em 15 de abril, o Dia Nacional da Conservação do Solo reforça a urgência de repensar a forma como produzimos. O manejo sustentável não é mais uma escolha — é uma necessidade. Hoje, ciência e tecnologia mostram que é possível produzir e conservar ao mesmo tempo, promovendo segurança alimentar, economia no campo e preservação ambiental para as futuras gerações.