A estiagem continua afetando a cultura da soja no Sul do Brasil, com perdas expressivas, especialmente no Rio Grande do Sul. Segundo a Emater/RS, lavouras semeadas no início do período recomendado apresentam plantas de porte reduzido e perdas produtivas irreversíveis. A situação se agrava pelo terceiro ano consecutivo de estiagem no estado, que já registrou quebras severas nas últimas safras. No Paraná e Santa Catarina, as chuvas irregulares também comprometem a produtividade, com oscilações nos rendimentos.

No Mato Grosso do Sul, o déficit hídrico atinge 46% da área cultivada com soja, afetando principalmente as lavouras implantadas entre setembro e outubro. O período crítico de enchimento de grãos foi marcado por precipitações abaixo da média, reduzindo o potencial produtivo. O cenário reforça a necessidade de estratégias de adaptação dos produtores à variabilidade climática, como manejo eficiente do solo e adoção de tecnologias resilientes.
Para mitigar os impactos da seca, especialistas recomendam práticas como rotação de culturas, uso de cultivares mais resistentes e técnicas de conservação da umidade do solo. Além disso, a adesão ao seguro rural pode ser um instrumento essencial para minimizar prejuízos financeiros. Diante da tendência de estiagens recorrentes, especialistas alertam que a agricultura precisa se adaptar às mudanças climáticas para garantir a sustentabilidade da produção.