A Comissão de Meio Ambiente do Senado retomará a votação do projeto de lei que regulamenta o mercado de carbono no Brasil na próxima quarta-feira (04/10). A votação foi adiada devido a uma série de emendas propostas pela Frente Parlamentar do Agronegócio (FPA), que ainda precisam ser analisadas pela relatora Leila Barros (PDT-DF). Entre as emendas, as propostas da senadora Tereza Cristina, representando o setor do agronegócio, são de grande interesse e devem ser discutidas na votação.
De acordo com o coordenador de pesquisas da FGV Agro, o Projeto de Lei estabelece uma linha de corte genérica para as instalações que emitem acima de 10.000 ou 25.000 toneladas de CO2. Isso gera insegurança, especialmente para o agronegócio. Ele destaca que a agricultura brasileira tem particularidades em relação a outras atividades e que é importante reconhecer sua contribuição ambiental. O mercado de carbono não foi criado para regular a agricultura, mas sim para regular serviços públicos do setor de energia. Além disso, ele alerta para o aumento dos custos de produção que um mercado regulado de carbono pode trazer, o que pode afetar a competitividade e os preços no mercado interno e externo.
Fonte: Money times