Neste período, a expectativa é que a área plantada aumente 15,5%, para 92,2 milhões de hectares
A produção de grãos do Brasil deve crescer 27% nos próximos dez anos, comparada com a safra 2023/24, para 378,95 milhões de toneladas, segundo estudo da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, realizado com apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), divulgado nesta terça-feira (29/10).
Neste período, a expectativa é que a área plantada aumente 15,5%, para 92,2 milhões de hectares, indicando que a produtividade será um importante fator de crescimento para as culturas.
Os produtos que terão maior crescimento nas áreas plantadas são soja (25,1%), milho da safra de inverno (24,9%), trigo (18,4%), arroz (20,3%) e, feijão (38,1%).
“É relevante considerar que parte importante do crescimento da área plantada será apoiada pelo Programa de Recuperação de Áreas Degradadas, com linhas de crédito favorecidas para regeneração produtivas de superfícies, atualmente com baixa produtividade”, disse em nota o diretor de Análise Econômica e Políticas Públicas do Ministério da Agricultura, Silvio Farnese.
A soja continuará com maior produção entre os grãos. Segundo o estudo, a produção da oleaginosa poderá chegar a 199,4 milhões de toneladas, com aumento de 52,0 milhões de toneladas, e o farelo de soja atingirá 48,5 milhões de toneladas, um acréscimo de 8,36 milhões de toneladas em dez anos.
Já a cultura do milho atingirá 153,1 milhões de toneladas, com crescimento de 32,3%, e aumento de 37,4 milhões de toneladas principalmente na safra de inverno, seguindo a prática adotada pelos produtores de plantio em sucessão à soja.
O consumo estimado em 109,8 milhões de toneladas, um avanço de 30,4%, está sintonizado com a crescente utilização do grão para a produção de etanol que, cuja indústria atualmente processa 17 milhões de toneladas.
A produção de arroz deverá aumentar em 3,1 milhões de toneladas, atingindo 13,7 milhões de toneladas, o que deve atender o consumo que está estimado 10,8 milhões de toneladas. Assim, haverá espaço para os compromissos de exportação do setor produtivo, atualmente da ordem de 1,3 milhão de toneladas.
Carnes e perenes
Na estimativa da produção de proteína animal, o maior crescimento será de aves (26,4%), seguido por suínos (27,5%) e carne bovina (10,2%). Se confirmados os avanços, haverá um acréscimo total de 6,8 milhões de toneladas de carnes no país, para 37,59 milhões de toneladas.
O frango deve atingir 19,5 milhões de toneladas, a proteína suína 6,84 milhões e a bovina chegará a 11,26 milhões,
As exportações destas proteínas estão estimadas com crescimento de 29,7% para aves, 22,5% para suínos e, 27,1% para bovinos no período.
Nas culturas perenes, as estimativas para o café mostram aumento de produção de 31,9%, atingindo 72 milhões de sacas, ou seja, uma maior oferta de 17 milhões de sacas. Com isso, estarão cobertos os incrementos esperados para o consumo e exportações.