Agricultura e construção impulsionam queda no desemprego, veja o que isso significa

Agricultura e construção lideram queda no desemprego, atingindo menor índice da série histórica. O setor agropecuário impulsiona geração de vagas, evidenciando sua força no mercado.

Agricultura Familiar
Foto: Divulgação | Pixabay

O cenário do mercado de trabalho brasileiro apresenta sinais positivos, com a taxa de desocupação atingindo o menor patamar da série histórica. No trimestre encerrado em setembro de 2025, a taxa de desocupação recuou para 5,6%. Os dados, divulgados pelo IBGE através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), marcam o menor índice desde o início da série em 2012.

O declínio observado foi de 0,2 ponto percentual em comparação com o trimestre anterior e de 0,8 ponto percentual quando comparado ao mesmo período de 2024. A população sem trabalho formal chegou a 6 milhões de pessoas, o menor contingente registrado até o momento, com uma retração de 3,3% no trimestre e de 11,8% no acumulado anual.

O avanço na geração de empregos foi impulsionado principalmente por dois setores cruciais da economia: a agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, que registrou um crescimento expressivo de 3,4% (equivalente a 260 mil pessoas), e a construção civil, também com alta de 3,4% (249 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior. Em contrapartida, os setores de comércio e serviços domésticos apresentaram uma redução no número de trabalhadores.

Renda e informalidade estáveis

O rendimento real habitual dos trabalhadores alcançou R$ 3.507, um marco na série histórica, mantendo-se estável no trimestre e apresentando um aumento de 4% no ano. A massa de rendimento real habitual consolidou-se em R$ 354,6 bilhões, outro recorde para a série. A taxa de informalidade permaneceu em 37,8%, representando 38,7 milhões de trabalhadores informais, um índice estável em relação ao trimestre anterior e inferior ao registrado no mesmo período de 2024.

NoAggregate, a população ocupada atingiu 102,4 milhões de pessoas, com um crescimento anual de 1,4%. A taxa composta de subutilização da força de trabalho diminuiu para 13,9%, o menor índice da série histórica, com uma população subutilizada de 15,8 milhões. Outros segmentos que registraram crescimento na comparação anual incluem os setores de transporte, armazenagem e correio, e a administração pública.

Fonte: Canal Rural.