O comércio entre Brasil e Egito registrou crescimento expressivo no primeiro trimestre de 2025. A corrente comercial entre os dois países somou US$ 1,09 bilhão entre janeiro e março, alta de 23,2% em relação ao mesmo período do ano passado. O saldo foi positivo para o Brasil, com superávit de US$ 518,8 milhões, segundo dados dos sistemas Agrostat (Mapa), Comex Stat (MDIC) e Trade Map.

As exportações brasileiras ao Egito cresceram 8,4%, alcançando US$ 805,6 milhões, com forte presença de produtos do agronegócio, que representaram quase 87% do total. O país árabe foi o nono maior destino das exportações do agro brasileiro no período. Os destaques ficaram por conta dos embarques de gado vivo, que saltaram 641% e somaram US$ 46,68 milhões; do algodão, com aumento de 422,7% e receita de US$ 38,7 milhões; e de chá, mate e especiarias, que cresceram 267,4%, atingindo US$ 7,71 milhões.
Na outra ponta, as exportações egípcias ao Brasil quase dobraram, com alta de 99,2% e total de US$ 286,8 milhões. Embora o agronegócio não seja o principal setor exportador do Egito, o segmento respondeu por 18,66% das vendas ao Brasil, gerando US$ 53,5 milhões em receita. Entre os produtos agroegípcios, destacaram-se as frutas, com ênfase nas laranjas (US$ 23,67 milhões), os hortícolas e tubérculos, como as batatas (US$ 22,4 milhões), e fios e tecidos de algodão (US$ 2,78 milhões).
O desempenho evidencia o fortalecimento das relações comerciais entre os dois países e o papel estratégico do agronegócio brasileiro no abastecimento de parceiros internacionais. O crescimento da demanda por proteína animal e fibras têxteis no mercado egípcio amplia oportunidades para produtores e exportadores nacionais.