O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou, na última quinta-feira (27/03), uma resolução que flexibiliza a política de investimentos dos fundos de pensão. A medida amplia as opções de aplicação dos recursos, permitindo que as entidades invistam em debêntures de infraestrutura, créditos de carbono e Fundos de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagro). Essa mudança abre novas possibilidades de financiamento para o setor agropecuário no Brasil.
Com a resolução, os fundos previdenciários vinculados a estatais e empresas privadas poderão agora adquirir cotas de Fiagros, instrumentos que devem fortalecer o mercado de capitais e atrair mais recursos para o agronegócio. A medida também reduz o limite de exposição dos fundos a Fundos de Investimentos em Participações (FIPs), de 15% para 10%, criando novas oportunidades de investimentos sustentáveis.
Além disso, a resolução incorpora a agenda ESG (Ambiental, Social e Governança) como critério obrigatório para a gestão dos investimentos, exigindo que as fundações considerem aspectos de sustentabilidade nas análises de risco. A inclusão de créditos de descarbonização (CBIOs) e debêntures incentivadas de infraestrutura amplia ainda mais as alternativas de investimento para as fundações.
Essa medida é vista como um passo significativo para o fortalecimento do agronegócio brasileiro, alinhando o Brasil com mercados internacionais que utilizam fundos de pensão para financiar suas cadeias produtivas. A nova regra visa melhorar o acesso ao crédito no setor, cujo financiamento ainda enfrenta desafios.
