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Alívio no bolso: Preços de cebola, cenoura e batata caem em setembro

Tomate e alface subiram; entre as frutas, banana e mamão tiveram redução de valores Na maior parte do Brasil, os preços da cebola, cenoura e batata caíram em setembro, enquanto tomate e alface apresentaram tímido incremento. A síntese foi divulgada nesta sexta-feira (18/10) no 10º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Segundo o …

Tomate e alface subiram; entre as frutas, banana e mamão tiveram redução de valores

Preço médio da cebola recuou 22,27% em setembro, informa Conab — Foto: Wenderson Araujo/CNA

Na maior parte do Brasil, os preços da cebola, cenoura e batata caíram em setembro, enquanto tomate e alface apresentaram tímido incremento. A síntese foi divulgada nesta sexta-feira (18/10) no 10º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Segundo o levantamento, a cebola continua com uma queda expressiva em todas as Ceasas. Em comparação com o mês de agosto, o preço médio em setembro recuou 22,27%. O percentual, entretanto, foi menor do que a comparação entre agosto e julho, quando a hortaliça depreciou 31,64%.

A desvalorização nas cotações está suportada pela oferta em ascensão e em altos patamares, além da origem do produto em várias regiões do país.

Já na comercialização da batata, o declínio dos preços continuou em setembro, com queda de 1,59%, “bem menor do que em agosto e julho”, destacou o boletim. A oferta retraiu em relação a agosto, mas não o bastante para reverter por inteiro a tendência de queda nos preços.

No caso da cenoura, a queda foi mais acentuada, ficando em 15,02% em comparação com os preços de agosto. “A derrubada de preço foi provocada pela oferta em níveis elevados e pela produção satisfatória em todas as áreas produtoras”, avaliam os pesquisadores da Conab.

Na contramão, e após sucessivos meses de queda, está o tomate, que se recupera com uma alta de 2,6% em setembro, conforme a comparação mensal. No entanto, a alta não foi uniforme entre as Ceasas, pois, dada a pulverização da produção do tomate, o preço muitas vezes é suscetível às lavouras próximas.

A alface também apresentou uma alta 2,03%. “Desta forma, os preços continuam em baixos níveis, pois nos meses anteriores houve quedas significativas. Pelo lado da oferta, ocorreu diminuição de 4,5% em relação a agosto, quedas já observadas nos três últimos meses”, destacou o boletim.

Frutas

No segmento das frutas, o movimento marcante de setembro foi a queda da banana (-11,86%) e do mamão, devido ao aumento da oferta. No caso da banana, o volume foi maior devido à variedade prata do norte mineiro e centro-sul baiano.

Preço da banana caiu em setembro devido à oferta maior — Foto: Ceagesp/Divulgação
Preço da banana caiu em setembro devido à oferta maior — Foto: Ceagesp/Divulgação

Para o mamão, que teve queda de 6,82%, ocorreu aumento da comercialização da variedade papaya no norte capixaba e sul baiano, relação com o final da colheita e início do período de comercialização, abastecendo principalmente as Ceasas do Sudeste, com queda de preços nesses locais.

No caso da maçã, que subiu 3,35%, segundo a Conab, ocorreu elevação da comercialização e pequenos aumentos dos preços, em contexto de diminuição cada vez mais intensa dos estoques das classificadoras, em meio à quebra de safra no Sul.

Em relação aos preços da laranja, que subiram 12,51%, permanece a dinâmica de alta e de níveis de cotações recordes devido à elevada demanda para fabricação de suco e queda da comercialização na maior parte das Ceasas.

No acumulado até setembro de 2024, o volume total de frutas enviado ao exterior foi de 667,15 mil toneladas, queda de 3,87% em relação ao intervalo entre janeiro e setembro de 2023.

Os dados estatísticos do Boletim Prohort da Conab são levantados nas Centrais de Abastecimento localizadas em São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Vitória, São José (SC), Goiânia, Recife, Fortaleza e Rio Branco que, em conjunto, comercializam grande parte dos hortigranjeiros consumidos pela população brasileira.