A última semana foi marcada por alta volatilidade no mercado de soja no Brasil, influenciada por fatores climáticos, câmbio e movimentações no comércio internacional. Enquanto chuvas irregulares no Sul, especialmente no Rio Grande do Sul, atrasaram a colheita, as condições mais favoráveis no Centro-Oeste permitiram um avanço mais ágil da produção. O cenário climático desigual impactou diretamente a oferta da commodity e os preços internos.

O câmbio também exerceu influência significativa, com o dólar fechando a semana a R$5,72, registrando uma leve queda de 0,35%. Esse movimento refletiu nos contratos futuros da soja, com o vencimento para maio de 2025 caindo 0,69%, para U$10,10 por bushel, e o contrato de março de 2026 recuando 1,25%, para U$10,23 por bushel. Enquanto isso, a redução nas exportações de soja dos Estados Unidos favoreceu a competitividade brasileira, impulsionando as vendas externas, que devem alcançar 17 milhões de toneladas até o fim de março.
A disputa comercial entre os EUA e outros países segue influenciando o mercado global, beneficiando o Brasil, com a China liderando as importações da soja nacional. A expectativa para os próximos dias é de novas oscilações nas cotações, com os investidores atentos às projeções da safra americana e às decisões econômicas que podem afetar o dólar e os custos de produção.