Bolsa de Nova York

Cacau sobe quase 5% em Nova York com piora nas projeções de oferta

Cenário para a produção da amêndoa ainda é complicado na Costa do Marfim, principal fornecedor do mundo Os dados de oferta restrita do cacau voltaram a impulsionar as cotações na bolsa de Nova York. Nesta segunda-feira (3/6), os papéis para julho tiveram valorização de 4,76%, cotados a US$ 9.775 a tonelada. Na sexta (31/05), a Organização Internacional do …

Cenário para a produção da amêndoa ainda é complicado na Costa do Marfim, principal fornecedor do mundo

Envios de cacau da Costa do Marfim caíram 30% nesta temporada — Foto: Ana Lee/AIPC

Os dados de oferta restrita do cacau voltaram a impulsionar as cotações na bolsa de Nova York. Nesta segunda-feira (3/6), os papéis para julho tiveram valorização de 4,76%, cotados a US$ 9.775 a tonelada.

Na sexta (31/05), a Organização Internacional do Cacau (ICCO, na sigla em inglês) aumentou sua estimativa para o déficit mundial da amêndoa na temporada 2023/24, agora previsto em 439 mil toneladas, acima, portanto, das 374 mil toneladas projetadas pela entidade em março deste ano.

Em meio a esse cenário de déficit, o terceiro consecutivo, o site Barchart acrescenta que a menor produção de cacau na Costa do Marfim – maior produtor mundial – é um importante fator de alta para os preços.

Dados do governo local mostraram que os agricultores da Costa do Marfim enviaram 1,46 milhões de toneladas de cacau para os portos de 1 de outubro a 26 de maio, uma queda de 30% em relação ao mesmo período do ano passado.

Café

O café voltou a subir na bolsa de Nova York após uma queda de 4,52% na última sessão. Os contratos para julho fecharam em alta de 1,89%, a US$ 2,2655 a libra-peso.

A volatilidade no mercado cresceu, após preocupações com o clima em áreas cafeeiras do Brasil, que está em fase inicial de colheita.

“A primeira frente fria mais forte deste ano, que chegou sobre o Sul e Sudeste brasileiro neste final de maio, alertou os operadores sobre a continuação dos riscos climáticos enfrentados pelos cafezais do Brasil, maior produtor mundial de café”, disse, em boletim, Eduardo Carvalhaes, analista especializado no mercado de café.

“Nesse quadro, de muitas incertezas, os contratos de café nas bolsas internacionais continuarão oscilando com força”, acrescenta ele.

Suco de laranja

O preço do suco de laranja disparou em Nova York. Os contratos do produto concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) para julho fecharam em alta de 4,57%, para US$ 4,5720 a libra-peso.

Açúcar

A cotação do açúcar também avançou de forma expressiva na bolsa. Os lotes com vencimento em julho subiram 2,62%, para 18,78 centavos de dólar por libra-peso.

Algodão

Em sentido oposto as demais “soft” negociadas em Nova York, o algodão terminou a sessão em forte baixa, de 3,94%, com o contrato para julho precificado em 73,15 centavos de dólar por libra-peso.