Comércio Exterior

Exportações de carne suína crescem 13,9% e frango 0,9% em maio

Contribuíram para os resultados as exportações para o recém aberto mercado do México, um dos três maiores  importadores do mundo

Conteiners. Foto: PixaBay.

As exportações de carne de frango do Brasil apresentaram um aumento de 0,9% em maio, de acordo com os dados fornecidos pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O volume total exportado no período foi de 433,3 mil toneladas, superando as 429,6 mil toneladas do mesmo período do ano passado.

Em termos de receita, as vendas de carne de frango em maio geraram um total de US$ 867,4 milhões, o que representa uma diminuição de 4,1% em comparação com os US$ 904,6 milhões registrados no quinto mês de 2022.

No acumulado do ano, de janeiro a maio, o setor registrou um volume total de vendas de 2,183 milhões de toneladas, um aumento de 9,7% em relação aos primeiros cinco meses de 2022, que totalizaram 1,990 milhão de toneladas. Em termos de receita, os embarques acumulados alcançaram a marca de US$ 4,281 bilhões, um crescimento de 13,4% em comparação com os US$ 3,776 bilhões registrados no mesmo período do ano anterior.

A China se destaca como o principal destino das exportações de carne de frango em 2023, com um aumento de 32,6% nas compras entre janeiro e maio, totalizando 328 mil toneladas. Outros países que apresentaram crescimento nas importações foram o Japão, com 178,7 mil toneladas (+8%), África do Sul, com 162,7 mil toneladas (+12,1%), Arábia Saudita, com 148,1 mil toneladas (+19,4%) e União Europeia, com 101,4 mil toneladas (+3,4%).

No cenário nacional, o estado do Paraná se mantém como o maior exportador de carne de frango do Brasil, com um total de 907 mil toneladas exportadas entre janeiro e maio, o que representa um aumento de 11,7%. Santa Catarina aparece em segundo lugar, com 454,5 mil toneladas (+8,7%), seguido pelo Rio Grande do Sul, com 309,7 mil toneladas (+0,8%), São Paulo, com 125,8 mil toneladas (+19,9%) e Goiás, com 99,8 mil toneladas (+33,7%).

Ricardo Santin, presidente da ABPA, comentou acerca dos resultados do mercado brasileiro: “A manutenção das exportações em patamares acima da média recorde mensal de 430 mil toneladas demonstra a percepção internacional sobre a responsabilidade com que o governo e o setor privado do Brasil têm tratado a questão da Influenza Aviária em aves silvestres, ao mesmo tempo em que destaca a confiança do mercado internacional no status sanitário brasileiro, como também na nossa capacidade de garantir a oferta de produtos aos diversos países importadores”.

Suínos

No que diz respeito às exportações de carne suína, o Brasil registrou um aumento de 13,9% em maio, totalizando 101,7 mil toneladas, em comparação com as 89,3 mil toneladas embarcadas no mesmo período do ano passado, conforme informado pela ABPA.

A receita gerada pelas exportações do setor alcançou US$ 251,4 milhões, um aumento de 23% em relação aos US$ 204,3 milhões registrados em maio de 2022.

No acumulado do ano, de janeiro a maio, as exportações de carne suína atingiram a marca de 481,1 mil toneladas, um crescimento de 15,5% em comparação com as 416,6 mil toneladas registradas no mesmo período do ano anterior. Em termos de receita, o total acumulado entre janeiro e maio deste ano alcançou US$ 1,149 bilhão, um aumento de 28,2% em relação aos US$ 896,3 milhões do mesmo período de 2022.

A China se mantém como o principal importador da carne suína brasileira, tendo importado 176,2 mil toneladas entre janeiro e maio, um aumento de 20,8% em comparação com as 145,9 mil toneladas registradas no mesmo período de 2022. Outros destaques nas vendas foram Hong Kong, com 51,3 mil toneladas (+21,1%), Filipinas, com 38 mil toneladas (+17,5%), Chile, com 34,2 mil toneladas (+69,6%) e Singapura, com 29 mil toneladas (+5,7%).

Santa Catarina se destaca como o maior exportador de carne suína do Brasil, com um total de 261,6 mil toneladas exportadas entre janeiro e maio, representando um aumento de 14,3%. O Rio Grande do Sul aparece em segundo lugar, com 110,8 mil toneladas (+19,8%), seguido pelo Paraná, com 66,4 mil toneladas (3,66%), Mato Grosso do Sul, com 10,9 mil toneladas (+70,8%) e Mato Grosso, com 10,1 mil toneladas (+93,9%).

Luís Rua, Diretor de Mercados da ABPA, fez uma análise sobre os dados. “Neste mês, vale destacar a realização das exportações para o recém aberto mercado do México, um dos três maiores  importadores do mundo, e que já se colocou entre os dez principais destinos da carne suína do Brasil. Por sua vez, mesmo com o aumento de mais de 20% no volume comprado no acumulado do ano, a China tem diminuído a participação percentual sobre o total das exportações brasileiras, mostrando o êxito da política de diversificação de mercados do Brasil, inclusive com a possibilidade de abertura de novos mercados no curto prazo”, explicou.


Saiba tudo sobre o agronegócio brasileiro. Informações sobre agricultura, pecuária, economia e política. Siga o Agrozil no Google News.


Fonte: ABPA.