Empresa reduz força de trabalho devido à queda nas vendas de máquinas agrícolas
A Deere & Co, fabricante americana de máquinas agrícolas, confirmou que demitirá cerca de 300 funcionários de duas unidades nos EUA, a partir de 3 de janeiro.
As demissões são as mais recentes de uma redução global da força de trabalho da empresa, devido à queda nas vendas de equipamentos de 20% neste ano.
Em 2024, a Deere já demitiu mais de 900 trabalhadores nas Quad Cities, em Illinois, e outros 900 em outras fábricas. Atualmente, a Deere & CO tem 83 mil funcionários.
A empresa emitiu um comunicado ontem à tarde enfatizando que os empregos eliminados nos EUA não serão transferidos para o exterior. O recado provavelmente foi ao candidato à presidência dos EUA, Donald Trump, que ameaçou tarifar a Deere por transferir operações para o México.
“É importante notar que essas demissões são devido à redução da demanda pelos produtos produzidos nessas instalações. Elas não estão relacionadas a mudanças de produção. Como afirmamos repetidamente, as demissões neste ano fiscal são devido ao enfraquecimento da economia agrícola e à redução nos pedidos de clientes para nossos equipamentos”, escreveu a empresa, em comunicado.
As vendas de máquinas agrícolas estão em queda nos EUA diante da menor receita dos produtores. O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) prevê que a produtividade média do agricultor americano cairá 18% em 2024, após um declínio de 5% no ano passado. O USDA também prevê que os preços médios do ano de comercialização 2024/25 continuarão caindo em relação a 2022/23 no milho (-37%), na soja (-24%) e no trigo (-35%).
Em paralelo a essa decisão, a Deere & Co anunciou há alguns dias o investimento de US$ 13,5 milhões na expansão de seu centro de armazenamento Reman Core, em Missouri.
A expansão começará no ano que vem e ficará pronta em 2026 para ampliar a capacidade de estoque de 120 mil pés para 400 mil pés.