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Brasil ganha espaço na China com guerra comercial EUA-Pequim, mas inflação preocupa

A recente escalada na guerra comercial entre Estados Unidos e China abre novas oportunidades para o agronegócio brasileiro. Com as tarifas chinesas sobre produtos agrícolas americanos, importadores do país asiático devem aumentar suas compras de soja, carne e algodão do Brasil, reforçando o papel do país como maior fornecedor desses produtos. A demanda aquecida já …

A recente escalada na guerra comercial entre Estados Unidos e China abre novas oportunidades para o agronegócio brasileiro. Com as tarifas chinesas sobre produtos agrícolas americanos, importadores do país asiático devem aumentar suas compras de soja, carne e algodão do Brasil, reforçando o papel do país como maior fornecedor desses produtos. A demanda aquecida já pressiona os preços internos da soja, beneficiando empresas como SLC Agrícola e BrasilAgro.

No entanto, o aumento das exportações pode reduzir a oferta no mercado interno e elevar o custo de insumos para frigoríficos como JBS e BRF. A inflação de alimentos, que já acumula alta de 8% em 2024, preocupa o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, especialmente diante da recente queda de popularidade. O Banco Central aponta os preços da carne como um fator de pressão, e o governo busca medidas para conter os custos.

O Brasil deve colher uma safra recorde de 170 milhões de toneladas de soja em 2024/25, consolidando sua posição como fornecedor estratégico da China. A tendência é que o país asiático continue a reduzir sua dependência dos EUA, favorecendo o agronegócio brasileiro. No entanto, o impacto no custo dos alimentos segue como um desafio para a economia nacional.