A nova fase da guerra comercial entre Estados Unidos e China reacende preocupações entre os produtores rurais norte-americanos, especialmente no Meio-Oeste. Com novas tarifas impostas por Pequim sobre a soja e outros produtos agrícolas, a demanda e os preços na Bolsa de Chicago já registram quedas significativas. O mercado sente os reflexos imediatos, com os contratos futuros de soja e milho operando em baixa, enquanto os agricultores buscam medidas de compensação do governo.

A disputa tarifária também afeta a indústria de equipamentos agrícolas e o custo dos insumos, como fertilizantes, agravando os desafios financeiros dos produtores. A expectativa é de que, assim como em 2019, o governo norte-americano ofereça subsídios para minimizar os impactos. Contudo, especialistas alertam para a crescente competitividade do Brasil e da Argentina, que oferecem soja a preços mais baixos devido às taxas de câmbio favoráveis.
Enquanto isso, o Brasil enfrenta desafios logísticos para atender à demanda chinesa. Com exportações já no limite, o país pode ter dificuldades em elevar os embarques de soja para além das projeções atuais, que giram em torno de 104 milhões de toneladas no ciclo 2024/25. A situação evidencia a complexidade do comércio global de commodities e os desdobramentos econômicos das disputas entre as maiores potências mundiais.