As negociações envolvendo o feijão carioca de alta qualidade, com classificação nota 9 ou superior, seguem em ritmo lento, conforme análise do Cepea. A indústria adota uma postura cautelosa nas reposições, enquanto os produtores preferem limitar a oferta de lotes superiores para tentar sustentar os preços.
Mesmo com o esforço dos agricultores, a pressão exercida pelo avanço da colheita e pelo aumento da disponibilidade de grãos de qualidade inferior vem impactando o mercado. A tendência observada é de recuo nos preços de negociação, resultado da maior oferta e da demanda ainda contida por parte da indústria.
No campo, o cenário também mostra evolução significativa. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), até o dia 19 de abril, a colheita da primeira safra do feijão já havia alcançado 83,2% da área plantada em nível nacional. A expectativa é que, com o incremento da oferta, o mercado mantenha o movimento de ajustes nos preços nas próximas semanas.
Enquanto isso, produtores seguem atentos às condições de comercialização, aguardando oportunidades melhores para negociar os lotes de maior valor agregado. O mercado, por sua vez, deverá continuar sendo influenciado tanto pelo volume colhido quanto pela qualidade dos grãos disponíveis.
