Após o encerramento da última sessão com altas, o mercado de café iniciou esta terça-feira (18/03) em movimento de correção e ajustes nas bolsas internacionais. Os preços, embora em queda no início do dia, seguem refletindo a escassez de estoques e os desafios climáticos. Os fundamentos continuam os mesmos, com os estoques baixos tanto nos países produtores quanto nos consumidores, e a previsão de mais eventos climáticos adversos em 2025, o que preocupa o setor.

No Brasil, a preocupação com a falta de chuvas nas áreas de produção de café tem gerado incertezas. De acordo com o relatório da Pine Agronegócios, o acumulado de precipitação em março está muito abaixo da média histórica. As altas temperaturas e a falta de chuvas já estão afetando a safra 2026/2027, o que agrava ainda mais a situação. A FAO também destaca que a interrupção na oferta de café, devido ao clima, contribui para o aumento nos preços, com impactos no Brasil e Vietnã, principais produtores mundiais.
Perto das 8h50 (horário de Brasília), os contratos futuros de arábica apresentavam quedas, com a cotação do vencimento de março/25 marcando 386,00 cents/lbp, enquanto o robusta registrava avanços, com o contrato de março/25 cotado a US$ 5.481/tonelada. No entanto, o cenário permanece tenso, com a oferta limitada e a demanda estável, o que mantém a volatilidade no mercado.