Verão perigoso

Verão perigoso no Paraná: produtores enfrentam crescimento de cobras nas propriedades

Todo verão, agricultores do Paraná enfrentam o aumento da incidência de cobras em suas propriedades. O fenômeno, recorrente nesta época do ano, já causa prejuízos. No fim de 2023, Helio Rodrigues Gimaiel Filho, produtor de Cianorte, perdeu uma vaca após o animal ser picado por uma cascavel. “Hoje, trabalho preventivamente, uso perneira e bota, mas …

Todo verão, agricultores do Paraná enfrentam o aumento da incidência de cobras em suas propriedades. O fenômeno, recorrente nesta época do ano, já causa prejuízos. No fim de 2023, Helio Rodrigues Gimaiel Filho, produtor de Cianorte, perdeu uma vaca após o animal ser picado por uma cascavel. “Hoje, trabalho preventivamente, uso perneira e bota, mas o problema só aumenta”, relata. Segundo o Ministério da Saúde, o Paraná registrou 938 casos de picadas de cobra em 2023, sendo a jararaca a espécie mais comum (75% dos casos).

Reprodução/Freepik

Para reduzir os riscos, especialistas recomendam medidas preventivas. O chefe da Divisão Técnico-Ambiental do Ibama no Paraná, Sérgio Suzuki, alerta que a presença de serpentes está ligada à oferta de alimento, como pequenos roedores. “Manter o entorno da residência e de matas limpos é essencial. O acúmulo de lixo e lenha atrai roedores, que, por sua vez, atraem cobras”, explica. Outra medida fundamental é o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como botas e perneiras, que ajudam a evitar acidentes.

Em caso de encontro com uma serpente, a recomendação é não se aproximar e acionar as autoridades competentes. “O ideal é contatar a Força Verde pelo telefone 181 ou o Corpo de Bombeiros”, orienta Suzuki. As equipes especializadas capturam os animais e os encaminham a centros de triagem ou biotérios para a coleta de veneno, utilizado na produção de soro antiofídico. Com medidas preventivas e apoio das instituições, produtores podem minimizar os riscos e conviver de forma mais segura com a presença das serpentes.