O setor de suinocultura no Paraná enfrentou desafios ao longo de 2023, apesar de melhorias modestas. O valor pago pelo animal pelas empresas integradoras melhorou, mas ainda não atingiu níveis lucrativos para os pecuaristas. O levantamento de custos de produção da suinocultura realizado pela Sistema FAEP/SENAR-PR, em novembro, destacou que os produtores precisam adotar medidas como segurar investimentos, deixar de fazer algumas manutenções e queimar gordura para equilibrar as contas.
A terminação foi a fase produtiva que registrou os piores resultados, com prejuízos significativos para os produtores integrados nas regiões Oeste e Campos Gerais. O cenário melhorou em comparação com os anos anteriores, mas as contas ainda não fecham de forma satisfatória para muitos suinocultores. A mão de obra, os altos custos com energia, a economia do país em baixa e a conjuntura internacional são alguns dos desafios enfrentados pelo setor.
Apesar da produção ter aumentado entre janeiro e setembro e as exportações de suínos terem apresentado crescimento, as margens dos produtores continuam pressionadas. O excesso na produção mundial e a competição no mercado internacional impactam as margens dos produtores de suínos. Mesmo com o reconhecimento do Paraná como área livre de febre aftosa sem vacinação, as barreiras tarifárias e o protecionismo internacional dificultam o acesso a mercados exclusivos.
O levantamento dos custos de produção é crucial para a gestão das propriedades rurais e subsidiar negociações, especialmente nas Comissões para Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração (Cadec). Os produtores integrados veem nos dados econômicos reais uma ferramenta importante para futuras negociações junto às integradoras. A adoção de fontes de energia renovável, como a energia solar, tem sido uma estratégia para reduzir custos, destacando a importância de investimentos em tecnologias sustentáveis.
Fonte: FAEP
