Transformação Social

Piauí investe em mulheres rurais para agricultura familiar e segurança alimentar

A agricultura familiar, muitas vezes liderada por mulheres, desempenha um papel fundamental na segurança alimentar global, na preservação ambiental e na sustentabilidade econômica das comunidades rurais.

Nas tranquilas paisagens rurais, afastadas do agito urbano, as mulheres emergem como figuras centrais na busca pela equidade na produção agrícola familiar. Elas não só cultivam a terra, mas também plantam as sementes da transformação social, desafiando estereótipos e superando barreiras profundamente enraizadas.

A agricultura familiar, muitas vezes liderada por mulheres, desempenha um papel fundamental na segurança alimentar global, na preservação ambiental e na sustentabilidade econômica das comunidades rurais.

Na localidade de José de Freitas, no estado do Piauí, uma associação tem impactado positivamente a vida de mais de 60 mulheres. A Associação de Mulheres Produtoras Rurais na Agricultura Familiar de José de Freitas (Ampraf) destaca-se por sua produção diversificada e pela entrega de alimentos através do Programa de Alimentação Saudável (PAS).

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Sede da Ampraf em José de Freitas, Piauí

Ana Maria de Freitas, presidente da Ampraf, destaca que o Programa de Alimentação Saudável (PAS) se revelou como um agente transformador para as mulheres associadas, proporcionando oportunidades ampliadas para a comercialização de seus produtos.

Ela enfatiza: “Temos uma produção dedicada à panificação, utilizando produtos da agricultura familiar. Para viabilizar a comercialização, participamos do PAS, um programa que não apenas impulsiona a dimensão financeira das mulheres produtoras, mas também promove a solidariedade ao atender às necessidades alimentares das pessoas. Sempre buscamos manter uma produção de alta qualidade, com produtos que nos permitam participar continuamente desses programas.”

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Panificação realizada com produtos da agricultura familiar

A presidente da associação conta que o trabalho com as mulheres é também um esforço de valorização da terra e da preservação do meio ambiente, “preservamos porque é da terra que tiramos a produção para, a partir dali, fazermos nossos bolos, sequilhos e petas. Os ingredientes vêm da própria comunidade, como a goma, farinha e o ovo de galinha caipira. Parte das mulheres que não trabalha na produção está na roça plantando feijão, milho, mandioca e na criação de galinha para fornecer à nossa panificação”, conclui.

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biscoitos, sequilhos e petas produzidas pela Ampraf

E para fortalecer ainda mais o trabalho dessas mulheres no campo, a Secretaria da Agricultura Familiar (SAF), juntamente com a Secretaria do Planejamento (Seplan), a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e o Instituto de Terras do Piauí (Interpi) lançaram o Programa Piauí Sustentável e Inclusivo (PSI), que tem como uma de suas frentes promover a equidade entre homens e mulheres no campo, reconhecendo e fortalecendo o papel fundamental que as mulheres desempenham na agricultura familiar, promovendo o desenvolvimento sustentável e uma agricultura mais inclusiva e igualitária.

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Sônia Dias, assessora da Diretoria do Semiárido da Superintendência de Projetos Territoriais e Desenvolvimento Rural (SPTDR) da SAF, ressalta a importância fundamental do Projeto de Sustentabilidade Hídrica e Inclusão Socioeconômica (PSI) para as mulheres rurais no avanço da agricultura familiar.

Ela destaca: “O PSI se une ao êxito do Projeto Viva o Semiárido (PVSA), que buscou promover a equidade de gênero e o empoderamento das mulheres. O projeto abrangeu 89 municípios em cinco territórios do Piauí. No enfoque do público prioritário, as famílias lideradas por mulheres foram as principais beneficiárias dos serviços, alcançando um total de 15.773, ultrapassando em 179% a meta estabelecida de 8.800 mulheres, equivalendo a 44% do público geral.”

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Sônia complementa ressaltando que o PSI busca igualdade de oportunidades e reconhecimento do papel das mulheres na agricultura e que o programa será desenvolvido também para apoiar e capacitar as mulheres que trabalham no campo.

“As iniciativas do PSI abrangem desde acesso a recursos até a promoção da liderança feminina nas comunidades rurais, como a capacitação e educação, fortalecimento da representatividade, melhoria das condições de trabalho, monitoramento, campanhas de sensibilização, desenvolvimento de redes de apoio, além de incentivos e inovação para criação de novas práticas agrícolas”, conclui.


Fonte: Governo do Piauí