Produtores brasileiros acompanham com atenção o cenário global de oferta e demanda de milho, com foco na safrinha e no desempenho dos concorrentes internacionais.

A Conab estima que a segunda safra brasileira alcance 95,5 milhões de toneladas, um crescimento de 5,8% em relação ao ciclo anterior, apesar das perdas regionais.
Em fevereiro, a projeção foi reduzida em 0,51%, refletindo a diminuição das áreas cultivadas em estados como Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná.
O aumento da produção está atrelado à expansão de 1,9% na área plantada, totalizando 16,7 milhões de hectares, e ao crescimento da produtividade em 3,9%.
No entanto, as condições climáticas são determinantes para consolidar esse potencial, uma vez que parte da safrinha foi semeada fora da janela ideal de plantio.
O atraso no cultivo, decorrente da colheita da soja, já impactou algumas lavouras, especialmente em regiões onde a falta de chuvas compromete o desenvolvimento das plantas.
No Mato Grosso, maior produtor da segunda safra, as condições climáticas têm favorecido a cultura, sustentando expectativas de produtividade elevada no estado.
Em Tapurah (MT), produtores relatam chuvas regulares e perspectivas otimistas para a colheita, enquanto os preços seguem pressionados pelos custos de produção elevados.
Minas Gerais enfrenta dificuldades devido à estiagem prolongada, com perdas estimadas entre 30% e 40% em algumas áreas afetadas pela falta de chuvas.
Em São Paulo, parte das lavouras foi semeada fora do período ideal, aumentando riscos como estresse hídrico, seca e possíveis geadas nos próximos meses.
No Paraná, segundo maior produtor do país, as chuvas são aguardadas com expectativa, enquanto o Deral mantém a projeção de 15,9 milhões de toneladas para a safra.
Diante desse cenário, os produtores seguem monitorando clima, custos de produção e oscilações do mercado para avaliar a rentabilidade da safra de milho.