A coccidiose segue como um dos maiores desafios sanitários da avicultura e suinocultura, gerando inflamações intestinais que afetam o desempenho zootécnico e provocam prejuízos econômicos. Causada por protozoários do gênero Eimeria, a enfermidade compromete a absorção de nutrientes, reduz o ganho de peso e exige ações preventivas eficazes para mitigar seus efeitos nos planteis.

Historicamente, o controle depende do uso de anticoccidianos químicos e ionóforos. No entanto, preocupações com resíduos em carne e o avanço da resistência dos parasitas têm levado à busca por alternativas. Em mercados como a União Europeia, essas restrições impulsionam o desenvolvimento de soluções naturais que aliem eficácia sanitária à sustentabilidade produtiva.
Nesse cenário, crescem os investimentos em moléculas bioativas extraídas de óleos essenciais e lipídios de cadeia média. Estudos apontam que esses compostos agem diretamente sobre os oocistos de Eimeria, rompendo sua estrutura e interrompendo o ciclo infeccioso. Além disso, quando combinadas, essas substâncias podem modular a inflamação e acelerar a recuperação intestinal dos animais acometidos pela doença.
Essas soluções também demonstram ação contra bactérias oportunistas, frequentemente associadas à piora dos quadros clínicos. Ao promover um ambiente intestinal mais equilibrado, as moléculas bioativas contribuem para a saúde digestiva, melhorando a absorção de nutrientes e o desempenho animal. Assim, o uso de compostos funcionais se consolida como ferramenta promissora no manejo sanitário moderno, alinhada às exigências de uma produção mais segura e sustentável.