Economia

Queda de preços no mercado do feijão-carioca aponta para desafios à vista

Demanda reduzida e desafios no mercado de feijão

Foto: Reprodução

Na última semana, o mercado do Feijão-carioca manteve-se relativamente estável, mas com uma inclinação à baixa nos preços. Comerciantes e corretores observaram uma significativa diminuição na demanda, o que tem pressionado para que os compradores encontrem vendedores em Minas Gerais a preços que não ultrapassem os R$ 210.

É importante considerar que sempre que os preços caem, surgem as marcas que anteriormente operavam com volumes limitados durante o período de valorização, como ocorreu no primeiro semestre deste ano.

Com a oferta de preços mais baixos aos produtores, muitos estão relutantes em aceitar, resultando em um volume de negócios diários mais baixo. Essa situação é típica para este período. O valor médio registrado em agosto foi de R$ 210,14, o que, em dólar, equivale a aproximadamente US$ 43,23 por saca. Isso representa uma queda de 27% em relação à média de agosto de 2022 e uma diminuição de 22,44% quando comparado ao mesmo período em dólares, em 2022. Em comparação com julho, os preços foram 12% menores em reais e 9,48% mais baixos em dólares (11,97%).

Para o mês de setembro, as estimativas sugerem que, na melhor das hipóteses, os preços atuais do Feijão-carioca se manterão. No entanto, surge a pergunta sobre qual estratégia seguir. Tudo indica que a abordagem mais sensata é vender apenas o necessário quando há compradores dispostos, evitando ofertas quando a demanda está retraída.

Setembro historicamente traz um volume significativo de estoques e colheitas, principalmente no estado do Mato Grosso. É provável que os preços praticados atualmente desestimulem o aumento da área de cultivo do Feijão-carioca, o que pode resultar em uma oferta relativamente limitada no primeiro semestre de 2024. Este cenário coloca os produtores e o mercado diante de desafios significativos nos meses que se aproximam.


Fonte: Notícias Agrícolas