Manejo

Sanidade da mandioca exige cuidados desde o plantio até a escolha do material genético

Com cerca de 12,5 mil hectares cultivados, Santa Catarina tem na agricultura familiar a principal base da produção de mandioca, respondendo por 85% da oferta estadual. Planta nativa do Brasil e quarta cultura agrícola mais importante do mundo atrás apenas de arroz, milho e trigo, a mandioca demanda atenção redobrada para o controle de doenças …

Com cerca de 12,5 mil hectares cultivados, Santa Catarina tem na agricultura familiar a principal base da produção de mandioca, respondendo por 85% da oferta estadual. Planta nativa do Brasil e quarta cultura agrícola mais importante do mundo atrás apenas de arroz, milho e trigo, a mandioca demanda atenção redobrada para o controle de doenças que afetam sua produtividade.

Reprodução / Freepik

Um artigo publicado na revista Agropecuária Catarinense, da Epagri, reforça a importância do uso de cultivares resistentes e material de propagação sadio como estratégias prioritárias para conter doenças como a bacteriose. O texto alerta que grande parte dos patógenos da mandioca é transmitida por manivas infectadas, o que torna essencial o uso de plantas livres de vírus e o cuidado com ferramentas utilizadas no manejo, que podem transmitir doenças de forma mecânica.

A publicação destaca ainda o papel da Rede RENIVA, desenvolvida pela Embrapa Mandioca e Fruticultura, que fornece manivas com qualidade genética e fitossanitária para pequenos e grandes produtores.

Além disso, práticas como a rotação de culturas e a mudança da época de plantio são indicadas para evitar o surgimento de doenças radiculares. O uso de fungicidas é recomendado apenas para o controle de manchas foliares.

O artigo também aponta a necessidade de vigilância constante quanto à entrada de patógenos exóticos, como os vírus presentes em países africanos. A detecção da doença conhecida como vassoura-de-bruxa no Amapá levou à implementação de medidas quarentenárias, reforçando a recomendação de evitar o transporte de manivas entre regiões.

A adoção dessas medidas é essencial para manter a sanidade da cultura e garantir a sustentabilidade da cadeia produtiva da mandioca no Brasil.