O setor agropecuário brasileiro manifestou sua posição diante do Plano Clima do governo federal, que estabelece as diretrizes e iniciativas nacionais para o enfrentamento das mudanças climáticas. Conforme expresso pelo enviado especial do setor à COP30, Roberto Rodrigues, a proposta atribui de maneira incorreta à agricultura a responsabilidade por emissões originadas de desmatamento ilegal.
A Academia Latino-Americana do Agro (Alagro) emitiu um comunicado endossando a perspectiva de Rodrigues, enfatizando que as práticas inovadoras dentro do agronegócio têm sido fundamentais para diminuir as emissões de carbono. Em contrapartida, o Plano Clima vincula equivocadamente os produtores rurais a delitos ambientais, como invasões de terras e queimadas.
O presidente da Alagro, Manuel Mário, ressaltou que a responsabilidade por atividades ilícitas não pode recair sobre o setor, e que generalizações prejudicam a reputação do produtor brasileiro.
“Trata-se de uma imprudência que o governo pretende incorporar neste Plano Clima. Estamos empenhados em um trabalho intenso, inclusive em diálogo com o que o ministro apresentou ontem na Frente Parlamentar da Agricultura (FPA), para viabilizar alterações, pois é inaceitável atribuir essa culpa aos produtores rurais”, declarou.
O setor pleiteia a reformulação do documento e está engajado em negociações para implementar modificações em conjunto com a Frente Parlamentar da Agropecuária. Além de salvaguardar os produtores, a ação visa sublinhar a relevância estratégica do agronegócio brasileiro para a balança comercial e a segurança alimentar em escala mundial.
Fonte: Canal Rural.








