
O mercado brasileiro de soja apresentou baixa liquidez e poucas oscilações. De acordo com Rafael Silveira, analista da Safras & Mercado, os preços tiveram variações mistas, com oferta restrita no mercado físico e encerramento dos programas de tradings. A indústria também ofertou pouco, e na safra nova as negociações e fixações foram praticamente inexistentes.
A Bolsa de Chicago registrou leve alta após a China anunciar a restauração de licenças de importação de soja de três empresas norte-americanas – CHS, Louis Dreyfus e EGT – a partir de 10 de novembro. As autorizações, suspensas desde março, foram vistas como um passo para mitigar as tensões comerciais entre EUA e China.
Apesar da melhora, a tarifa geral de 10% sobre produtos agrícolas dos Estados Unidos permanece em vigor. A retomada gradual das compras oferece suporte aos contratos futuros, mas ainda não impacta significativamente os preços internos no Brasil, onde o ritmo de negócios continua lento e com pouca força compradora. O plantio avança, contudo, com atrasos e crescentes preocupações com replantios em algumas regiões.
Preços da soja no Brasil
- Passo Fundo (RS): manteve em R$ 135,00
- Santa Rosa (RS): subiu de R$ 135,00 para R$ 136,00
- Cascavel (PR): manteve em R$ 134,00
- Rondonópolis (MT): manteve em R$ 125,00
- Dourados (MS): subiu de R$ 125,50 para R$ 126,00
- Rio Verde (GO): manteve em R$ 125,00
- Paranaguá (PR): subiu de R$ 140,00 para R$ 141,00
- Rio Grande (RS): subiu de R$ 140,00 para R$ 140,50
Chicago
Os contratos futuros da soja fecharam o dia em alta. Após o encontro entre Donald Trump e Xi Jinping, a China flexibilizou tarifas sobre produtos agrícolas dos Estados Unidos e retomou compras de trigo e soja. No entanto, o mercado mantém cautela devido à vigência da tarifa geral. Na semana, o contrato com vencimento em janeiro de 2026 acumula alta de 0,15%.
Contratos futuros de soja
O contrato futuro da soja em grão com vencimento em janeiro de 2026 encerrou com valorização de 9,50 centavos (0,85%), a US$ 11,17 por bushel. O vencimento de março fechou a US$ 11,25 3/4 por bushel, com alta de 8,25 centavos (0,73%).
No mercado de farelo, o contrato de dezembro registrou alta de US$ 4,4 (1,40%), alcançando US$ 317,10 por tonelada.
No óleo, o contrato de dezembro terminou o dia a 49,68 centavos de dólar, com um ganho de 0,33 centavo (0,66%).
Câmbio
O dólar comercial encerrou o dia em queda de 0,24%, cotado a R$ 5,3351 para venda e R$ 5,3331 para compra. Durante o pregão, a moeda variou entre R$ 5,3330 e R$ 5,3655. Na semana, o acumulado é de desvalorização de 0,83%.
Fonte: Canal Rural.








