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Na Sial Paris 2024, Brasil quer promover agricultura orgânica e gerar US$ 3 bilhões em negócios

São 18 empresas brasileiras e mais 96 produtos de outras agroindústrias divulgados no pavilhão de em um dos maiores eventos de alimentos e bebidas do mundo Na abertura oficial do espaço da a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), neste domingo (20/10) na SIAL Paris 2024, a mira é ‘encantar’ europeus com o potencial de …

São 18 empresas brasileiras e mais 96 produtos de outras agroindústrias divulgados no pavilhão de em um dos maiores eventos de alimentos e bebidas do mundo

Pavilhão do Brasil na Sial 2024 — Foto: ApexBrasil

Na abertura oficial do espaço da a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), neste domingo (20/10) na SIAL Paris 2024, a mira é ‘encantar’ europeus com o potencial de produção de alimentos orgânicos do Brasil.

“A participação nossa aqui é investimento e eu não paro de encontrar resultados”, ressaltou o presidente da entidade, Jorge Viana. “Neste domingo, inauguramos oficialmente o Pavilhão Brasil na SIAL Paris! Com quase 200 empresas participantes e representadas, superamos o recorde anterior e mostramos a força do nosso setor. Estamos confiantes que as vendas podem alcançar impressionantes US$ 3 bilhões, gerando novas vagas de empregos e fonte de renda para os trabalhadores brasileiros”.

Em comunicado divulgado hoje, a Agência enfatizou que esse mercado está em expansão global e o Brasil já é reconhecido por sua capacidade produtiva e compromisso com o desenvolvimento sustentável, “cenário oportuno para ampliar sua presença internacional”.

No estande brasileiro estarão 18 empresas nacionais de produtos orgânicos em uma das maiores feiras de alimentos e bebidas do mundo. Segundo André Müller, gerente de Agronegócio da ApexBrasil, “o Brasil tem se destacado não só pela quantidade, mas também pela qualidade e sustentabilidade dos seus produtos”.

Ele reforça que cada orgânico traz histórias de famílias e cooperativas comprometidas “com um modelo de desenvolvimento mais justo e sustentável”.

Neste ano, além das 18 empresas de orgânicos, outras 96 companhias brasileiras terão a oportunidade de expor seus produtos no evento. Esta é a 10ª edição consecutiva com participação de agroindústrias brasileiras no evento.

Aproveitando o debate latente na Europa por exportação de produtos de origem comprovada e fora de área de desmatamento, empresas como a Amazon Açaí, do Pará, e a Itajá Organic Sugar, de Goiás, tentam estreitar negócios com nações da UE e outros países participantes.

A paraense apresenta nesta edição o açaí com guaraná e sorvetes de açaí. Já a goianense, especializada em açúcar orgânico, exporta para mais de 20 países e busca expandir ainda mais sua presença global com a ajuda da ApexBrasil.

Tanto na Europa quanto no Brasil, o consumo de orgânicos segue em crescimento. De acordo com a Associação de Promoção dos Orgânicos (Organis), o consumo no Brasil aumentou 16% entre 2021 e 2023. Na Europa, mercados como Suíça, Alemanha e França estão entre os principais consumidores de produtos orgânicos.

A participação do Brasil em feiras internacionais, como o SIAL Paris e a Biofach, a maior feira de produtos orgânicos do mundo realizada em fevereiro n, tem sido crucial para ampliar a visibilidade e consolidar o país como um dos principais fornecedores globais de alimentos orgânicos, destacou o comunicado da entidade.

Em fevereiro de 2024, a ApexBrasil liderou a presença brasileira na Biofach, realizada em Nuremberg, Alemanha. Na ocasião, as 21 empresas brasileiras participantes geraram cerca de US$ 17 milhões em negócios. Com a SIAL Paris, a expectativa é de que o Brasil fortaleça ainda mais sua posição no mercado global de orgânicos.

De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), o Brasil conta com 26 mil produtores de orgânicos registrados, que atuam desde a produção primária até o processamento de alimentos. A sustentabilidade e a rastreabilidade são fatores que reforçam a confiança dos consumidores internacionais nos produtos brasileiros.