Pragas Rurais

FPA cobra governo federal e Exército sobre controle de javalis

Foto: Reprodução/Canal Rural.

Foto: Reprodução/Canal Rural.

Na sexta-feira (25/08), a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) emitiu comunicados aos ministros da Casa Civil, Rui Costa, da Agricultura, Carlos Fávaro, do Meio Ambiente, Marina Silva, e ao comandante do Exército Brasileiro, Tomás Miguel Miné. O motivo da comunicação está relacionado à inquietação em relação à recente suspensão das emissões de novas licenças para o manejo de espécies exóticas, conforme noticiado no informativo do Sistema de Informação de Manejo e Fauna (Simaf) em 18 de agosto.

Esta ação é resultado do Decreto 11.615/2023, que transferiu a responsabilidade pela emissão dessas autorizações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para o Exército Brasileiro.

O presidente da FPA, deputado Pedro Lupion (PP-PR), ressaltou que essa medida traz implicações significativas para a agropecuária nacional. “Essa questão das espécies exóticas, especialmente o javali, preocupa-nos e aos produtores rurais. Nós, enquanto FPA, encaminhamos nota às autoridades com pedido de providências. Os javalis são vetores de doenças como a peste suína e febre aftosa, que podem contaminar nossos rebanhos.”

Esses animais têm uma taxa de reprodução exponencial, o que realça a urgência de uma solução iminente para assegurar um controle eficaz dessa população.

O Brasil destaca-se como um dos maiores produtores e exportadores de proteína animal, baseando-se em padrões reconhecidos internacionalmente de defesa agropecuária. Contudo, essa medida não apenas acarreta danos ao meio ambiente, como também gera repercussões econômicas substanciais para o setor agrícola do país.

No dia anterior (24/08), a Sociedade Rural Brasileira (SRB), com o respaldo de outras entidades do setor, encaminhou um ofício ao presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho. No documento, enfatizam a necessidade de atenção urgente para resolver o impasse referente ao controle de espécies exóticas. Eles alertam que essa situação tem o potencial de comprometer o estado sanitário do país, bem como o árduo trabalho realizado para erradicar a febre aftosa e preservar o rebanho brasileiro.


Fonte: Canal Rural.