Pecuária

Manejo Sustentável em Propriedades Leiteiras Reduz Emissões de Gases do Efeito Estufa

O presidente da Cooperativa Central Gaúcha ressalta a importância da união dos sistemas produtivos para a transição ambiental e eficiência

Moderna pecuária leiteira evolui no Estado do Piauí. Foto: Reprodução

Um recente estudo conduzido pela Embrapa revelou que a adoção de práticas simples de manejo em propriedades leiteiras pode resultar em uma redução significativa, entre 15% e 20%, das emissões de gases de efeito estufa. O levantamento considerou informações de cerca de 500 propriedades nos estados de Goiás, Minas Gerais e Paraná. Os resultados do estudo foram compartilhados durante o 1º Seminário RS Carbon Free, que ocorreu no contexto da Expointer, em Esteio (RS), na manhã desta terça-feira (29/08).

O pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Luiz Gustavo Pereira, destacou que ações básicas, como o adequado manejo nutricional, tratamento de resíduos e controle sanitário, exercem um impacto extremamente positivo. Essas práticas podem não apenas reduzir as emissões, mas também alcançar taxas significativas, chegando a 60% de redução em algumas regiões. “Ao tomar as medidas corretas, a pegada de carbono tende a diminuir”, salientou Pereira.

Durante a abertura do evento, Caio Vianna, presidente da Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL) e diretor secretário do Sindilat/RS, frisou a importância da cooperação para uma mudança ambiental significativa, enfatizando a necessidade de alinhar os sistemas produtivos em busca das melhores práticas de proteção ao meio ambiente. Ele ressaltou que essa transição para um modelo mais sustentável é fundamental para valorizar os recursos naturais e alcançar um futuro mais promissor.

O evento contou com seis palestras e uma mesa redonda, abordando a transformação para sistemas de baixa emissão de carbono. Fernando Cardoso, da Embrapa, enfatizou a diversificação das pesquisas nas diversas unidades da empresa, e destacou que o desenvolvimento econômico pode ser alinhado à preservação ambiental. Ayrton Pinto Ramos, diretor técnico do Sebrae/RS, também sublinhou a importância da tecnologia como um elemento chave para o avanço dos sistemas de baixo carbono.

O seminário continuará na quarta-feira (30/08), com a apresentação e assinatura de protocolos relacionados à cultura de carbono no Rio Grande do Sul.

Programação do 1º Seminário RS Carbon Free – 2º Dia – Quarta-feira (30/08):

9h: Abertura 9h05min: Marjorie Kauffmann (SEMA): Estratégia Governamental para a Agenda do Clima do RS 9h20min: Alexandre Berndt (Embrapa Pecuária Sudeste): Estratégias para uma pecuária de baixo carbono. 9h35min: Jackson Freitas Brilhante de São José (Seapi): Plano de Agricultura de Baixa de Carbono do Rio Grande do Sul – Plano ABC+RS 9h50min: Domingos Velho Lopes (Farsul): Os desafios do setor produtivo frente à economia verde e aos compromissos internacionais 10h05min: Cimélio Bayer (UFRGS): Caminhos para uma agricultura de baixa emissão de carbono no RS 10h20min: Walkyria Bueno Scivittaro (Embrapa Clima Temperado): Estratégias para a mitigação de emissões da lavoura de arroz 10h35min: Mesa redonda, mediador Caio Vianna (diretor-presidente da CCGL e diretor-secretário Sindilat/RS) 10h50min: Assinatura do protocolo estadual e encerramento.

Fonte: Notícias Agrícolas