Uma pesquisa recente realizada pela Embrapa Pecuária Sudeste confirmou que o manejo adequado das árvores é essencial para garantir o equilíbrio nos sistemas de Integração Pecuária-Floresta (IPF) ou silvipastoril.
A pesquisa mostrou que, com o manejo adequado das árvores, a forragem no sistema silvipastoril apresentou maior teor de proteína bruta, significando melhor qualidade de alimento para os animais, em comparação com sistemas pecuários tradicionais sem árvores. Isso representa uma vantagem significativa para o produtor rural, já que manter a produção de forragem em sistemas integrados é um desafio devido à dependência da incidência de luz nas pastagens.
Antes do manejo, a produtividade da forragem em sistemas silvipastoris era apenas 45% da produtividade observada em pastos sem árvores. Utilizando a média de duas estações – dois verões –, que é a época mais produtiva da pastagem, a produção de forragem no silvipastoril foi de 996 quilos por hectare contra 1,87 mil quilos por hectare do sistema a pleno sol.
No entanto, após a aplicação adequada de práticas de manejo, como a poda ou desbaste das árvores, a produção de forragem aumentou em cerca de 20%. Nos dois verões posteriores ao manejo, a produção foi de quase 2 mil quilos por hectare no modelo integrado e 2,38 mil quilos por hectare a pleno sol.
Os sistemas silvipastoris também mostraram potencial para sequestrar até 1,5 toneladas de carbono por hectare por ano, um dado que aponta para o papel desses sistemas na mitigação das emissões de gases de efeito estufa. Esses sistemas também abrem uma nova possibilidade de renda para os produtores, através da obtenção de créditos de carbono.
Na prática, os sistemas de IPF requerem práticas de manejo, como o desbaste ou poda das árvores, para diminuir a competição por recursos entre o pasto e as árvores.
Fonte: Embrapa.
