Os custos da produção de leite seguiram em alta em fevereiro, segundo levantamento do Cepea. O Custo Operacional Efetivo (COE) subiu 0,49% na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), refletindo aumentos em insumos essenciais.
Apesar da estabilidade na ração, o milho encareceu 8,88%, enquanto a soja caiu 2,27%. A menor demanda por ração em pequenas e médias propriedades ajudou a segurar os preços nos estabelecimentos agropecuários, resultando em uma leve variação de -0,04%.
Em contrapartida, os suplementos minerais encareceram pelo nono mês seguido, subindo 1,13%. Os insumos agrícolas também pressionaram os custos. Fertilizantes e corretivos avançaram 0,18%, enquanto os defensivos cresceram 1,1%, impulsionados pelo aumento do uso nas pastagens após o período chuvoso.
O diesel mais caro e o reajuste do ICMS elevaram os custos com operações mecanizadas em 3,23%. O cultivo de silagem também teve impacto nos gastos da nutrição animal. A folha de pagamento, um dos maiores custos da produção leiteira, registrou aumento de 0,92% em fevereiro, após os reajustes salariais regionais e nacionais.
No campo, o poder de compra dos produtores melhorou. Em janeiro, eram necessários 28 litros de leite para comprar uma saca de milho de 60 kg, uma redução de 0,9% frente ao mês anterior. O cereal subiu 1,71%, atingindo R$ 74,17 por saca, enquanto o leite valorizou 2,66%, chegando a R$ 2,65 por litro. O cenário manteve o poder de compra acima da média dos últimos 12 meses.
