A semana foi marcada por forte instabilidade para o agronegócio brasileiro, com incertezas sobre a substituição do ministro da Agricultura, propostas de taxação das exportações e dificuldades no crédito do Plano Safra. A insegurança se intensificou com a nomeação da deputada Gleisi Hoffmann para a Secretaria de Relações Institucionais, decisão que repercutiu negativamente entre parlamentares e lideranças do setor.

O deputado Luciano Zucco (PL-RS) criticou a escolha, apontando dificuldades na construção de consensos. O mercado financeiro reagiu mal à turbulência política: o dólar ultrapassou R$ 5,90, fechando a sexta-feira (28/02) em alta de 1,50%, enquanto o Ibovespa despencou. A crescente incerteza sobre o cenário econômico e institucional brasileiro reforça o pessimismo dos investidores.
O economista Jason Vieira, da Lev Asset Management, alertou que a desvalorização do real reflete o cenário interno instável. Além disso, declarações do ministro do STF, Flávio Dino, sobre o protagonismo do Judiciário ampliaram a percepção de insegurança. A falta de clareza nas relações entre os Poderes e a condução política do governo agravam o ambiente já desafiador para o setor produtivo.