Colheita americana segue influenciando as cotações dos grãos
Os contratos futuros de soja para janeiro iniciaram esta quarta-feira (30/10) com alta de 0,75% em Chicago, recuperando parte das perdas de ontem (0,9%), impulsionados pela valorização dos derivados e pelo avanço da colheita nos EUA.
Segundo a consultoria Granar, esse aumento é atribuído a “compras oportunas dos investidores e à recuperação do óleo de soja”. No entanto, a tendência de alta é limitada pela melhora nas condições climáticas nas regiões produtoras do Brasil e à contínua desvalorização do real em relação ao dólar, o que aumenta a competitividade brasileira e incentiva os produtores a venderem.
Os preços do milho para dezembro apresentam leve queda de 0,24%, sendo negociados a US$ 4,1275 o bushel. Essa movimentação é influenciada pelo avanço da colheita americana, embora uma desaceleração possa ocorrer nos próximos dias devido à previsão de chuvas no cinturão produtivo.
A possibilidade de uma safrinha brasileira realizada no prazo adequado, dependendo das condições climáticas que favoreçam o rápido plantio da soja, também contribui para a queda nos preços.
Quanto ao trigo para dezembro, a cotação vai na contramão do milho, e sobe 0,22% na abertura do pregão. Com isso, está sendo negociado a US$ 5,7200 por bushel.
Entretanto, o ajuste técnico não determina uma mudança na tendência de mercado, que foi e pode continuar sendo de baixa, impulsionada principalmente pelas chuvas no sul das Grandes Planícies americanas, que devem se intensificar entre sexta-feira e a próxima terça-feira, especialmente no Kansas, o principal estado produtor do grão. Essas chuvas são necessárias para reverter o atual déficit hídrico e garantir um bom plantio de inverno, pontua a Granar.
Além disso, a agilidade nas remessas da região do Mar Negro também impacta negativamente os preços.