Produtores, pequenos empresários e indústrias do Paraná estão cada vez mais investindo na produção de sorvetes, valorizando a riqueza da fruticultura local.
A diversidade da agricultura paranaense, reconhecida internacionalmente, aliada à alta qualidade dos produtos, tem atraído consumidores em todo o estado. Iniciativas nesse sentido também contam com o apoio do governo estadual.
Em Carlópolis, no Norte Pioneiro, a tradição familiar na produção de sorvetes remonta à década de 1930, quando Benedito Salles inaugurou a primeira sorveteria da região. Hoje, sua filha, Luzia Cristina Salles, lidera o negócio, trocando sua carreira na Enfermagem pela produção de sorvetes artesanais, que oferecem uma variedade de 11 sabores diferentes, todos feitos com frutas locais.
Outro exemplo é a Sorveteria Primorato, em Morretes, no Litoral, cujas raízes familiares no ramo remontam a 1954. Atualmente, o negócio é conduzido por Márcio Jazar Zanikoski, que destaca os sabores regionais, como banana, maracujá e pitanga, entre outros.
O setor de sorvetes no Brasil registrou um aumento significativo no consumo, de acordo com a Associação Brasileira do Sorvete e Outros Gelados Comestíveis (Abrasorvete). Essa tendência também é observada no Paraná, onde cooperativas, como a Cooperativa da Agricultura Familiar de Corumbataí do Sul e Região (Coaprocor), têm desempenhado um papel fundamental na oferta de frutas para a indústria de sorvetes.
Além disso, projetos como “Sabores da Agrofloresta”, coordenado pela Universidade Federal de Fronteira Sul (UFFS), têm impulsionado a produção de picolés e sorbets à base de frutas nativas e crioulas, proporcionando não apenas uma fonte alternativa de renda para os agricultores familiares, mas também contribuindo para a conservação e recuperação das florestas.
A fruticultura paranaense está em ascensão, com um aumento significativo no Valor Bruto da Produção (VBP) Agropecuária em 2022. Iniciativas do governo, como o programa Coopera Paraná, têm sido fundamentais para impulsionar esse crescimento, enquanto a pesquisa e a extensão rural continuam a promover a inovação e a sustentabilidade no setor.
Fonte: Canal Rural