Durante reunião com lideranças indígenas do Xingu e representantes da Federação dos Povos Indígenas de Mato Grosso (Fepoimt), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anunciou a criação da Câmara Setorial de Agropecuária Indígena. A medida foi autorizada após estudo técnico do ministério e busca agilizar o atendimento das demandas específicas da agricultura indígena no estado.

As Câmaras Setoriais do Mapa são fóruns estratégicos que reúnem representantes de diversos segmentos das cadeias produtivas para debater melhorias no manejo, produção e comercialização. A nova câmara incluirá a participação direta de agricultores indígenas, garantindo que as propostas partam das necessidades reais das comunidades envolvidas.
A Fepoimt representa cerca de 60 mil indígenas de 46 povos em Mato Grosso. No encontro, foram abordadas ações para fortalecer a produção agrícola nas terras indígenas e ampliar programas já em execução. O Programa de Segurança Alimentar para Etnias Indígenas, desenvolvido pelo Mapa em parceria com a UFMT e o IFMT, recebe investimentos de R$ 14 milhões e atua junto aos povos Xavante e Tapirapé.
O ministério também destinará R$ 1,5 milhão para apoiar a produção e a comercialização de alimentos indígenas, como o mel do Xingu, primeiro produto indígena com Selo de Inspeção Federal (SIF). Outras iniciativas incluem a valorização de produtos como o óleo de pequi e a pimenta em pó, por meio da ampliação dos sistemas de inspeção e da concessão do Selo Arte para agregação de valor.