O mercado brasileiro de trigo e derivados segue com ritmo reduzido neste mês de abril, reflexo dos recentes feriados prolongados, segundo o Cepea. A menor movimentação tem relação direta com o equilíbrio atual entre oferta e demanda. Enquanto compradores indicam estoques suficientes, vendedores priorizam a comercialização de produtos da safra de verão para gerar caixa imediato.

Ainda com trigo armazenado, vendedores não demonstram pressa em negociar novos lotes. A expectativa é de que os preços possam subir nas próximas semanas ou meses, o que favorece a estratégia de espera. Em meio à entressafra e com oferta limitada, os preços seguem firmes no mercado interno, aponta o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada.
Na média parcial de abril, até o dia 17, os preços subiram em todas as praças acompanhadas pelo Cepea. No Paraná, a valorização foi de 2,5% frente a março. No Rio Grande do Sul, o aumento chegou a 4,9%. Em São Paulo, o avanço foi de 2,8%, e em Santa Catarina, de 3,3%.
A escassez de trigo no mercado disponível sustenta o cenário atual de firmeza nos preços. Com baixa pressão de venda, as negociações devem seguir pontuais.