Durante uma operação de fiscalização intitulada Makaira em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, o Ibama efetuou a apreensão de 14 toneladas de pescado capturado ilegalmente. A ação, realizada em 23 de outubro, contou com o suporte do Batalhão Ambiental da Brigada Militar do estado.
O foco da iniciativa foi combater infrações relacionadas à pesca de espinhel pelágico. Essa modalidade emprega linhas secundárias, fixadas à linha principal, com anzóis e iscas em cada extremidade, visando a captura de espécies como atuns, espadartes e tubarões, que estão sujeitas a rigoroso controle ambiental no país.
Ao longo da abordagem às embarcações, as equipes de fiscalização inspecionaram os materiais de pesca utilizados, as rotas percorridas e os horários em que os equipamentos foram lançados.
A equipe identificou o descumprimento da norma de largada noturna, que restringe a atividade pesqueira do entardecer ao amanhecer náutico. O objetivo dessa regulamentação é minimizar a captura acidental de aves marinhas por embarcações pesqueiras.
Suporte Tecnológico e Sanções Previstas
Para auxiliar na fiscalização, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) desenvolveu uma ferramenta computacional automatizada para análise de rotas de pesca, que foi empregada na operação.
Este sistema permite identificar com precisão as diferentes fases da navegação, lançamento dos equipamentos, o período de espera e o recolhimento. A análise compara os horários de lançamento dos equipamentos com os do pôr do sol náutico.
Adicionalmente, a mesma embarcação foi multada por manter a atividade pesqueira por mais de 18 horas em período não permitido, colocando as aves marinhas em situação de alto risco.
O Ibama realizou a prisão em flagrante de dois tripulantes, responsabilizados pelas operações de pesca, pelos crimes de pesca proibida e falsidade ideológica.
Mais de oito toneladas do pescado apreendido foram destinadas ao Programa Sesc Mesa Brasil, que oferece suporte a instituições beneficentes dedicadas a comunidades em situação de vulnerabilidade alimentar.
*Sob supervisão de Victor Faverin
Fonte: Canal Rural.
