A última mesa-redonda da Casa da Ciência do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), realizada nesta sexta-feira (21), reuniu professores e pesquisadores para discutir estratégias de envolver comunidades locais e utilizar tecnologias sociais no combate às mudanças climáticas. O debate abordou formas de fortalecer soluções desenvolvidas nos territórios e de integrar o conhecimento popular às políticas de adaptação e mitigação climática no Brasil.
Segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Gilmar Pereira da Silva, destacou que o principal aspecto para envolver a população é o respeito às culturas e aos saberes tradicionais. “O conhecimento acadêmico, sem a sabedoria e a experiência dos povos tradicionais, perde sentido. Se percorrer nossas matas e ilhas, verá comunidades vivendo em harmonia com a natureza, com a floresta preservada, e não fomos nós, da academia, que ensinamos isso a eles. Na verdade, temos muito a aprender”, afirmou.
O professor associado da Universidade Regional do Cariri, Francisco Do O’ Lima, ressaltou a importância de associar o engajamento das comunidades locais a uma agenda de desenvolvimento social. “Precisamos compreender que as mudanças climáticas também provocam transformações sociais. Em regiões como o semiárido, o aumento das temperaturas tem impacto direto na vida das pessoas, e é fundamental considerar essa realidade na elaboração de alternativas que promovam maior resiliência climática”, avaliou.
Casa da Ciência
A Casa da Ciência do MCTI, localizada no Museu Paraense Emílio Goeldi, é um espaço dedicado à divulgação científica com foco em soluções para o clima e sustentabilidade. Durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), o local funciona como ponto de encontro de pesquisadores, gestores públicos, estudantes e sociedade.
Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
