Contratos futuros de minério de ferro registraram o terceiro aumento consecutivo, impulsionados pelo crescimento industrial abaixo das expectativas na China, principal consumidora de aço. Essa tendência reforça a perspectiva de que Pequim adotará medidas adicionais para sustentar a recuperação econômica pós-pandemia, que ainda se mostra instável.
De acordo com dados do Departamento Nacional de Estatísticas, o investimento no setor imobiliário chinês, que é o maior consumidor de aço do país, registrou uma queda em maio, atingindo o ritmo mais acelerado desde pelo menos 2001.
As vendas de imóveis por área útil também apresentaram uma queda significativa de 19,7%, em comparação com a retração de 11,8% registrada em abril.
Esses dados desapontadores exerceram pressão sobre o mercado de ferrosos durante as negociações da manhã, apesar do corte na taxa de empréstimos de médio prazo pelo banco central chinês, algo que não ocorria há 10 meses. O Banco do Povo da China reduziu a taxa sobre 237 bilhões de iuanes (equivalente a 33,1 bilhões de dólares) em empréstimos de médio prazo de um ano (MLF) para algumas instituições financeiras em 10 pontos base, fixando-a em 2,65%, em linha com as expectativas do mercado.
Na Dalian Commodity Exchange (DCE), o contrato futuro de minério de ferro mais negociado para setembro encerrou as negociações diurnas com um aumento de 1,43%, atingindo o valor de 815,5 iuanes por tonelada métrica, a maior cotação desde 31 de março.
Na Bolsa de Cingapura, o minério de ferro de referência para julho registrou um aumento de 0,76%, alcançando 113,3 dólares por tonelada, a maior alta desde 18 de abril.
Analistas da Sinosteel Futures destacaram em nota que a demanda por minério de ferro se manterá resiliente no curto prazo, à medida que mais usinas retomam suas operações, impulsionadas por margens de lucro mais favoráveis.
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Fonte: Notícias Agrícolas.
